O diretor do FBI, Christopher Wray, ordenou uma investigação interna sobre uma possível má conduta na investigação do ex-conselheiro de segurança nacional do Presidente Trump, Michael Flynn, informaram as autoridades esta sexta-feira.
O Departamento de Justiça decidiu, no início deste mês, arquivar o processo criminal contra Flynn, que se declarou culpado por ter mentido ao FBI, durante as investigações sobre a interferência russa nas eleições presidenciais dos EUA, em 2016.
A investigação agora ordenada examinará se algum funcionário da agência federal se envolveu em ações de má conduta durante o curso do processo e avaliará se é necessário fazer alguma melhoria.
A decisão de arquivamento do processo, por parte do Departamento de Justiça, deitou por terra o trabalho do procurador-especial Robert Mueller, que tinha acusado Flynn de mentir ao FBI sobre o caso que envolvia um alegado caso de ligação de Trump ao Governo russo.
Flynn declarou-se culpado dessa acusação e tornou-se um dos principais colaboradores do procurador Mueller, que investigava a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016.
Nos documentos judiciais do processo arquivado, o Departamento de Justiça disse que retirava o caso “após uma análise ponderada de todos os factos e circunstâncias do caso, incluindo informações agora conhecidas”.
O Departamento de Justiça do Governo de Trump concluiu que as declarações de Flynn ao FBI aconteceram numa investigação que “não se justificava”, numa crítica direta à agência federal de investigação criminal.
O arquivamento provocou críticas da oposição democrata, que acusou o procurador-geral, William Barr, de estar ao serviço dos interesses do Presidente Donald Trump.