O boletim diário da Direção-Geral de Saúde revela que Portugal regista 1.175 óbitos (mais 12 em 24 horas) e 28.132 casos positivos por novo coronavírus.
Segundo estes dados, estão hospitalizados 692 doentes (menos 17), dos quais 103 nos cuidados intensivos (menos 10). O número de pacientes internados é o mais baixo desde 31 de março, quando estavam hospitalizados 627.
Na conferência de imprensa, o secretário de Estado da Saúde revelou que desde o início de março já foram realizados mais de 566 mil testes. Mas entre 1 e 11 de maio a média diária é 12.600. António Lacerda Sales aproveitou para adiantar que Portugal está “entre os países que mais testes de diagnóstico fazem à Covid-19” .
O mesmo responsável avançou que o Governo está a analisar imunidade à na população. “O primeiro estudo transversal do Instituto Nacional de Saúde já está no terreno e vista testar a imunidade contra o vírus na população portuguesa.”
Questionada sobre a reabertura das creches, a diretora-geral da Saúde disse acreditar que as regras impostas vão ser cumpridas. “São regras relativamente simples. Não impedindo as brincadeiras, minimizam os riscos. Creio que não vai ser difícil para as creches cumprirem as indicações.”
Quanto às novas regras para a época balnear, Graça
Freitas afirmou que “o parecer técnico é com avaliação do risco e com proposta
de soluções. Da parte da saúde, o trabalho ainda não foi terminado”,
esclareceu.
O relatório desta quarta-feira mostra que recuperam 3.182 pacientes (mais 169).
A região Norte é a que regista o maior número de mortos (667), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (257), do Centro (221), do Algarve (14), dos Açores (15) e do Alentejo, que regista um caso, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de terça-feira, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.
Os dados precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo novo coronavírus (1.811), seguido por Vila Nova de Gaia (1.461), Porto (1.306) Matosinhos (1.217), Braga (1.153), Gondomar (1.050), Maia (909), Sintra (790) Valongo (737), Guimarães (666), Ovar (636), Coimbra (561) e Loures (559).
Desde o dia 1 de janeiro, registaram-se 282.961 casos suspeitos, dos quais 2.686 aguardam resultado dos testes.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 16.112, seguida pela região de Lisboa e Vale do Tejo, com 7.647, da região Centro, com 3.559, do Algarve (351) e do Alentejo (238).
Os Açores registam 135 casos de covid-19 e a Madeira contabiliza 90 casos confirmados, de acordo com o boletim.
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.746), seguida da faixa dos 40 aos 49 anos (4.728) e das pessoas com mais de 80 anos (4.270 casos). Há registo também de 484 casos de crianças até aos nove anos e 872 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.
De acordo com a DGS, 42% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 30% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 89% dos casos confirmados.
Portugal esteve 45 dias em estado de emergência, entre 19 de março e 2 de maio, para fazer face à Covid-19, estando desde 3 de maio em situação de calamidade.
A nível global, o último balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Evolução do novo coronavírus em Portugal