Os líderes do PSD e do CDS acordaram esta quinta-feira a formação de coligação pré-eleitoral para as legislativas e europeias de 2024.
O anúncio da nova Aliança Democrática (AD) foi conhecido esta tarde através de um comunicado conjunto enviado à Renascença.
"Os presidentes do Partido Social Democrata e do CDS-Partido Popular acordaram hoje propor aos órgãos nacionais dos respetivos partidos a celebração de um acordo político para a formação da Aliança Democrática, uma coligação pré-eleitoral com o horizonte do atual ciclo político, abrangendo as eleições legislativas e europeias de 2024 e em sintonia com os compromissos regionais para as eleições nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores de 2023 e 2024, respetivamente, e com os entendimentos de base local para as eleições autárquicas de 2025", refere o comunicado.
De acordo com os dois partidos, a Aliança Democrática também será composta por "um conjunto de personalidades independentes.
Neste contexto, PSD e CDS "valorizam e acolhem, entre outras, a iniciativa e as ideias do 'Manifesto por uma Alternativa Reformista e Moderada' subscrito por mais de 100 personalidades notáveis da sociedade portuguesa e divulgado no recente dia 15 de dezembro".
Os líderes social-democrata e centrista, Luís Montenegro e Nuno Melo, respetivamente, defendem uma "efetiva mudança política e de políticas" e enumeram algumas linhas gerais da nova AD.
PSD e CDS prometem "muito mais ambição, para elevados níveis de prosperidade, de crescimento da economia e dos rendimentos e oportunidades para todos os portugueses".
Também defendem a necessidade de "coragem reformista" para melhorar a "competitividade das empresas, a qualificação dos portugueses, a inovação e geração de valor acrescentado", e também para "salvar e reabilitar o Estado Social do definhamento em curso, e que assegure a todos os portugueses a saúde, educação e habitação acessíveis e com qualidade".
O combate à pobreza, a reativação da mobilidade social, o setor social, a valorização da família, retomar a "exigência na educação" são outras das bandeiras da nova AD.
Após o terramoto político causado pela Operação Influencer, PSD e CDS defendem que a "governação tenha elevada exigência ética, integridade, responsabilidade política, respeito pela separação de poderes e pelas instituições, e empenho efetivo no combate à corrupção e tráfico de influências".
Por fim, os dois partidos de direita comprometem-se com uma linha "moderada, europeísta, atlantista e lusófona, defensora da liberdade, da igualdade de oportunidades, da segurança dos cidadãos e da defesa do País, respeitadora da propriedade privada, que aposte no desenvolvimento sustentável e valorize a cultura, os valores, a língua e as comunidades portuguesas".
As eleições regionais nos Açores estão marcadas para 4 de fevereiro, as eleições legislativas acontecem a 10 de março e as europeias a a 9 de junho de 2024.