Quatro escolas da ONU atingidas por ataques na Faixa de Gaza
02-11-2023 - 20:25
 • Lusa

O Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas afirmou que pelo menos 27 pessoas foram mortas num ataque israelita perto de uma escola da ONU no campo de refugiados em Jabaliya.

Quatro das escolas administradas pelas Nações Unidas na Faixa de Gaza que abrigam deslocados foram atingidas esta quinta-feira por ataques durante o conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas, informou a agência da ONU para os refugiados palestinianos.

A entidade disse que duas das escolas afetadas estão nos campos de refugiados de Jabaliya e Chati (norte) e outras duas em Boureij, mais a sul, e que os bombardeamentos deixaram 23 mortos.

Anteriormente, o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas afirmou que pelo menos 27 pessoas foram mortas num ataque israelita perto de uma escola da ONU no campo de refugiados em Jabaliya.

"Os corpos de 27 mártires foram recuperados e também há muitos feridos", disse o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qidreh, citado pela agência France Presse (AFP), que frisa que esta informação não pôde ser verificada imediatamente de forma independente.

Nas imagens da AFPTV, são visíveis numerosos corpos ensanguentados caídos no chão em frente à escola, onde se refugiaram muitos deslocados da guerra em curso no Médio Oriente.

O campo de refugiados de Jabaliya, o maior da Faixa de Gaza, já foi alvo de bombardeamentos mortíferos na terça e na quarta-feira. Segundo o governo do Hamas, 195 pessoas morreram nestes ataques, um número que não pôde igualmente ser confirmado.

A 15 quilómetros a sul de Jabaliya, no campo de refugiados de Boureij, outro bombardeamento israelita destruiu cerca de vinte casas, matando pelo menos 15 pessoas, segundo a Defesa Civil de Gaza.

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, 9.061 pessoas, incluindo 3.760 crianças, foram mortas na Faixa de Gaza desde o início da guerra com Israel, desencadeada pelo ataque sangrento do Hamas em 07 de outubro em solo israelita.

Estados Unidos e Israel contestam a veracidade dos números do Hamas, que consideram empolados para fins propagandísticos.

Cerca de 1.400 pessoas, a maioria civis, foram mortas neste ataque, o mais mortal desde a criação do Estado de Israel em 1948. O Hamas mantém ainda mais de 200 reféns em Gaza.