O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, confirmou esta segunda-feira que 21 portugueses estão já a ser retirados do Sudão, país a braços com um conflito violento que já causou a morte a pelo menos 420 pessoas.
Aos jornalistas, no Porto, Gomes Cravinho adiantou que apenas um português "quis ficar" e "está numa zona relativamente segura, no sul do país". "Os outros já estão a caminho das fronteiras", adianta.
Ainda não estão todos fora do país mas estão, garante, "todos fora de situação de maior perigo". Até se encontrarem em território nacional, o Governo vai continuar a "acompanhar e apoiar", mas a expectativa "é positiva".
Um dos portugueses "já está em Madrid". "Outros vieram com o apoio francês, num comboio das Nações Unidas, mais um numa escola internacional. Há um conjunto de meios de retirada que estão agora em curso", explica, garantindo não haver "coordenação da União Europeia", mas uma coordenação "muito próxima com aliados, particularmente Espanha e França".
Gomes Cravinho rejeita a demora na repatriação dos portugueses naquele país, há uma semana envolto num cenário de violência. "Existem ainda algumas centenas de cidadãos europeus lá. Nós estamos a conseguir tirar de lá os nossos", reforça.
Quanto ao português que decidiu ficar, está "numa zona onde não há conflitos" e resta esperar "que tudo corra bem". "É uma opção dele, mas acompanhamos", remata.