Os efeitos da greve na Ryanair, iniciada às 00h00 desta quarta-feira, são diminutos, estando os três aeroportos nacionais - Lisboa, Porto e Faro - a funcionar com normalidade
O dirigente Tiago Mota, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), diz que este quadro resulta dos serviços mínimos decretados pelo Governo.
"É fácil, com os serviços mínimos, fazer os voos", diz o dirigente à Renascença, considerando "um absurdo este tipo de serviços mínimos".
"A Ryanair não é uma empresa que preste serviço público", argumenta Mota, acusando o Governo de "uma postura" que "vai totalmente contra o direito à greve e favor do patronado, contra os trabalhadores".
Também o PCP já pediu explicações ao Governo sobre os serviços mínimos aplicados nesta paralisação que dura até domingo.
Já esta quarta-feira, o Governo tem reunião marcada em Dublin com a administração da Ryanair e Tiago Mota pede ao Executivo português fosse seja exigente com a empresa na defesa do cumprimento da lei portuguesa.
"O Governo foi a Dublin, não sei se para pedir por favor para não fecharem a base. Não sei o que foram oferecer para a Ryanair ficar cá. Era interessante saber onde está o dinheiro que o Governo gasta para a Ryanair voar para cá."
O dirigente sindical sublinha que a Ryanair "continua a cometer ilegalidades, a chamar pessoas de fora para virem fazer voos a Portugal" e desabafa, a rematar. "Continuam a incumprir com a lei portuguesa e nada acontece."