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A chanceler alemã, Angela Merkel, reúne-se esta segunda-feira, em Berlim, com o Presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi. O tema do encontro é o Brexit.
Os três líderes vão tentar encontrar uma posição comum para enfrentar a crise gerada pela decisão britânica de abandonar a União Europeia. O ministro francês das Finanças garantiu, esta manhã, que França e Alemanha estão sintonizadas nesta matéria e defendem que o Reino Unido deve sair do bloco o mais depressa possível.
No domingo, François Hollande e Angela Merkel falaram ao telefone e, de acordo com fontes próximas do Presidente francês, chegaram a um "acordo completo" sobre como lidar com o resultado do referendo britânico, tendo sublinhado a "necessidade de iniciativas a favor da Europa e de agir rapidamente em relação a prioridades concretas".
Esta segunda-feira, antes do encontro com Merkel e Renzi, Hollande reúne-se com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, para preparar a cimeira de terça-feira sobre o mesmo assunto.
Reino Unido só quer sair quando estiver preparado
Desde o resultado do referendo, na quinta-feira, o Reino Unido tem estado a ser pressionado por dirigentes e responsáveis da União Europeia para acelerar o seu divórcio com o resto da Europa.
No domingo, Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, exortou o primeiro-ministro demissionário David Cameron a iniciar o processo de saída da União a partir de terça-feira, durante a reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.
Mas fonte oficial europeia disse à agência France Presse que o político britânico não pensa avançar.
Aliás, o ministro das Finanças britânico veio defender, esta segunda-feira, que o Reino Unido só deve activar o artigo 50º [do Tratado de Lisboa] para deixar a União Europeia quando tiver uma "visão clara" do seu futuro.
Numa declaração anterior à abertura dos mercados de valores, George Osborne aproveitou para enviar uma mensagem aos empresários, afirmando que, além de "fundamentalmente forte", a economia britânica "está aberta aos negócios".
Admitindo que "é inevitável" que a economia britânica se terá de ajustar à nova situação, ela é “forte” e “estável”, pelo que o Reino Unido está "equipado" para enfrentar as dificuldades face ao "Brexit".
Osborne garantiu ainda que, "durante as negociações” sobre a saída do país, não vai haver mudança nos direitos das pessoas de viajar e trabalhar, e na forma como as nossas mercadorias e bens são comercializados ou na forma como o nosso sistema económico e financeiro é regulado".