O selecionador de futebol feminino dos Estados Unidos, Vlatko Andonovski, apresentou a demissão do cargo, após o pior desempenho de sempre num Mundial, revelou fonte ligada ao processo esta quinta-feira.
As norte-americanas, recordistas de títulos mundiais, com quatro (1991, 1999, 2015 e 2019), e bicampeãs em título, nunca tinham deixado de ir ao pódio em oito edições do Campeonato do Mundo. A "USWNT", como é chamada, também já tinha sido terceira em 1995, 2003 e 2007.
Na atual edição, as norte-americanas integraram o grupo de Portugal, com que empataram sem golos, mas ainda assim apuraram-se para os oitavos de final - ficaram a centímetros de ser eliminadas ainda na fase de grupos pela equipa das quinas, que acertou no poste nos descontos.
Nos "oitavos", porém, caíram perante a também candidata Suécia. Após novo nulo ao fim do tempo regulamentar e do prolongamento, as norte-americanas caíram no desempate por grandes penalidades (5-4).
A saída de Andonovski, de 46 anos, de dupla nacionalidade macedónia e norte-americana, que estava à frente da USWNT desde 2019, foi oficializada na tarde desta quinta-feira. Está, entretanto, confirmado que Twila Kilgore vai assumir o cargo de forma interina.
Harvey, Cortés, Wiegman. Não faltam candidatos
Twila Kilgore assume a seleção interinamente, nos particulares com a África do Sul, a 21 e 24 de setembro, enquanto não houver uma nova escolha.
Há vários possíveis candidatos para o a vaga de Vlatko. A inglesa Laura Harvey, do OL Reign, ex-adjunta de Andonovski, e o espanhol Lluis Cortés, antigo treinador do Barcelona, campeão europeu em 2021, já foram apontados pela imprensa norte-americana ao lugar.
A neerlandesa Sarina Wiegman, que levou a Inglaterra à conquista do Euro 2022 e à final do Mundial 2023 - ainda por disputar -, além de ter vencido o Euro 2017 e ter sido finalista vencida do Mundial 2019 pelos Países Baixos, também já foi cogitada para o cargo.
[atualizado às 18h08]