Desde março de 2022, altura em que começou a invasão da Ucrânia, que o rublo não desvalorizava tanto como esta segunda feira. Por cada dólar, eram necessários 100 rublos. Este ano, o rublo já depreciou mais de 26%.
Em resposta a esta depreciação da moeda, o Banco Central Russo convocou para terça feira, 15 de agosto, o Conselho de Administração, para "avaliar o nível da taxa básica de juros".
O banco central, liderado por Vladimir Putin, tinha agendada a próxima reunião só para 15 de setembro, depois de ter aumentado a taxa de juro para 8,5% no último encontro.
Entre as duas reuniões da autoridade monetária, o conselheiro económico de Putin, Maxim Oreshkin, decidiu escrever um artigo para a agência Tass, citado pelo Financial Times, onde critica o banco central. Defende que “um rublo forte é do interesse da economia russa” e que “a taxa de câmbio atual desviou-se significativamente dos níveis fundamentais, espera-se que se normalize no futuro próximo”.
Em defesa da política do Banco Central, a governadora Elvira Nabiullina, diz que o câmbio do rublo não coloca em causa a estabilidade financeira do país e que a moeda está sob pressão de vários fatores, como a diminuição das exportações, a subida da procura interna por importações e a dívida do país.
Tal como o BCE tem como objetivo manter a inflação nos 2%, o Banco Central Russo quer manter a taxa de inflação estável nos 4% (em julho, o nível de preços aumentou 4,3% e deve acelerar este ano para 5 a 6,5%).