Os juros sobre os novos empréstimos à habitação subiram 0,09 pontos percentuais de maio para junho. Representa um abrandamento face aos últimos meses, ainda assim, a taxa de juro sobre estes créditos atingiu máximos de quase 11 anos, está no valor mais alto desde fevereiro de 2012, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.
Este agravamento é sentido há nove meses de forma consecutiva. Num ano, entre junho de 2022 e junho último, a taxa de juro média aplicada aos novos créditos quase triplicou, passou de 1,47% para 4,25%. Em comparação com os contratos com taxa fixa, a taxa variável ficou nos últimos 12 meses 0,21 pontos percentuais acima.
Ainda assim, a maioria continua a optar por taxa variável. Em junho 67,8% dos novos contratos de crédito à habitação foram feitos com taxa variável, 22,7% com taxa mista e 9,5% com taxa fixa. No total, 87% dos contratos de crédito têm taxa variável e apenas 3,3% taxa fixa.
A prestação média mensal do empréstimo para habitação própria permanente aumentou 2,6% em junho, de 382 para 392 euros.
Para aliviar as prestações, muitas famílias continuam a recorrer aos reembolsos antecipados dos créditos, que voltaram a subir em junho, uma evolução sentida sobretudo nos remmbolsos totais. Ou seja, há particulares que perante o aumento dos juros estão a liquidar as dívidas.