Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
Com o ensino à distância, que vai decorrer até ao final do ano letivo, a 26 de junho, para os alunos até ao 10º ano, o local de risco mudou, da escola para o domicílio, por isso, a recomendação que hoje mesmo está a ser veiculada pela Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP).
O diretor executivo, Rodrigo Queiroz e Melo, diz à Renascença que a orientação vai no sentido de informar “os associados, que queiram prestar um serviço adicional aos pais, para contactarem as seguradoras, no sentido de alterar o local de risco do seguro escolar”.
O diretor executivo da AEEP, elege as aulas de educação física como aquelas que podem representar maior risco, “embora seja algo residual, porque os exercícios são feitos com toda a cautela”. Ainda assim, o conselho vai no sentido dos colégios “contactarem as seguradoras para alterar o local de risco”.
Os professores de Educação Física também estão preocupados com eventuais acidentes no decorrer das aulas à distância. O presidente do Conselho Nacional de Associações de Profissionais de Educação Física e Desporto (Cnapef) já questionou o Ministério da Educação sobre a cobertura do seguro. Avelino Azevedo defende que o seguro deve ter em conta “todas as aulas letivas, conforme prevê a legislação, quer sejam aulas teóricas, quer sejam práticas, como é o caso da educação física”.
O seguro escolar nas escolas públicas é assegurado pelo Estado
Em caso de acidente numa escola pública, cabe ao Estado garantir o pagamento da indemnização. A portaria não prevê o ensino à distância, mas deixa a porta aberta, como explica a jurista da Deco, Mónica Dias, “nomeadamente quando se refere às atividades promovidas ou desenvolvidas com o consentimento do estabelecimento de ensino”.
Ainda assim, para que não restem dúvidas, Mónica Dias defende que o Governo deveria “emitir indicações claras para esclarecer as situações que estão ou não cobertas pelo seguro escolar e em que circunstâncias”.
A Renascença também pediu esclarecimentos ao Ministério da Educação para que clarifique os riscos que estão cobertos pelo seguro escolar, nesta altura em que as aulas decorrem em casa.