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O medicamento antiviral oral experimental contra a Covid-19 da MSD, molnupiravir, deverá ser eficaz no tratamento das variantes já conhecidas do SARS-CoV-2, incluindo a Delta, mais transmissível e atualmente dominante em vários países. O anúncio foi feito pela própria farmacêutica, num comunicado divulgado na quarta-feira.
Uma vez que o molnupiravir não tem como alvo a proteína espícula do vírus (alvo de todas das vacinas contra a Covid-19 aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento), que difere entre variantes, o medicamento deve ser igualmente eficaz no tratamento da doença, independentemente da evolução do vírus, garantiu Jay Grobler, diretor executivo do departamento de doenças infecciosas e vacinas da MSD.
Os dados mostram que o fármaco é mais eficaz quando administrado no início do curso da infecção, avança a MSD.
A farmacêutica norte-americana testou o antiviral em amostras recolhidas nos primeiros ensaios clínicos do medicamento. A variante Delta não estava em grande circulação na altura, mas o molnupiravir foi, entretanto, testado em amostras de laboratório da variante responsável pelo mais recente aumento de hospitalizações e mortes por Covid-19, nos Estados Unidos.
A farmacêutica tinha já anunciado, no início de 2021, que um ensaio preliminar revelou que após cinco dias de tratamento com molnupiravir, nenhum dos pacientes que recebeu várias doses de fármaco testou positivo, enquanto 24% dos pacientes que receberam o placebo apresentaram ainda apresentavam uma carga viral detectável.
A MSD está atualmente a conduzir dois ensaios de Fase III do antiviral, um para o tratamento de Covid-19 e outro para a prevenção da doença. Os ensaios deverão estar concluídos no final de novembro.
As ações da MSD subiram 2,3% na Bolsa de Valores de Nova York, após o anúncio.
[notícia corrigida - Farmacêutica MSD em vez de Merck & Co]