O Papa é entusiasticamente esperado em Díli, já na proxima segunda-feira. Em todos os distritos de Timor-leste, em todas as paróquias, fazem-se os últimos preparativos para a viagem até à capital para ver e ouvir Francisco.
A Renascença visitou uma pequena aldeia, em Ainaro, num pequeno vale entre as montanhas. Já se ouvem os galos ao entardecer. É junto à “casa sagrada” - a casa do povo, tipo palafita, feita de madeira e coberta de colmo - que conhecemos de Araújo, o ancião.
Neste país em que a distância se mede em horas, até em dias, Jaimito já decidiu: Vai ”arrancar” de mota para Díli, não deixará de ver o Papa Francisco.
"Eu quero. Arranco daqui e vou de moto", conta, à Renascença.
Há 35 anos, também viu o Papa, que era João Paulo II, a diferença é que na altura Timor estava ocupado pela Indonésia.
Jaimito diz ter "muito orgulho" dessa visita e de ter tido a possibilidade de ver João Paulo II,
"A visita do Santo Padre traz a unidade e a paz", refere. E unidade é o desejo que Jaimito Araújo repete vezes sem conta. Este ancião acredita que as palavras do Papa vão ajudar à construção do telhado que falta nesta casa comum.
Os galos ainda vão cantar algumas vezes, em Ainaro, até à chegada do Papa. Este ancião e muitos milhares de timorenses de todo o país vão agora fazer-se à estrada para ver e ouvir Francisco, já na próxima segunda-feira.