O 5.º Congresso dos Jornalistas arranca esta quinta-feira, para tentar "encontrar soluções" para o futuro de um setor em crise, numa altura em que os problemas na Global Media dominam as preocupações do setor.
O evento decorre entre esta quinta-feira e domingo, no cinema São Jorge, em Lisboa.
"Tem de haver um antes e um depois deste congresso", o jornalismo "chegou a um estado de exaustão e a seguir a este período só nos resta renascer", pelo que além de fazer o "diagnóstico do estado" do setor, vai-se tentar "encontrar soluções em conjunto para o futuro do jornalismo em Portugal", afirmou Pedro Coelho, presidente do Congresso, em declarações à Lusa, em 07 de janeiro.
Esta é uma "discussão que temos de enfrentar olhos nos olhos e, a partir do congresso, creio que com os jornalistas todos, com as diversas camadas de jornalismo - é uma profissão com gerações, salários, plataformas e interesses muito diversos - vamos tentar encontrar soluções para o futuro", reforçou.
E as soluções passam por saber "como é que se financia um jornalismo livre num país com as características de Portugal nos 50 anos do 25 de Abril", salientou.
O congresso arranca às 18:00 de hoje com várias intervenções, incluindo a do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
O acesso à profissão, a precariedade, as novas fronteiras do jornalismo - onde se inclui as novas abordagens tecnológicas como a inteligência artificial, entre outras - o jornalismo de proximidade e o financiamento do jornalismo são alguns dos temas dos painéis em discussão neste congresso.
"Vamos ter a abrir cada um dos painéis depoimentos de jornalistas precários", revelou Pedro Coelho, um tema que é "uma preocupação do congresso".
A Comissão Executiva do Congresso decidiu manter a inscrição dos profissionais com carteira profissional nos 20 euros, face aos despedimentos em massa e relatos de dificuldades financeiras, quando se vive "o período mais crítico" do jornalismo, segundo uma nota, divulgada em 04 de janeiro.