O Zimbabué recebeu 2,4 milhões de euros com a venda, entre 2012 e janeiro de 2018, de 93 elefantes para a China e quatro para o Dubai, anunciou o Ministério do Turismo e Meio Ambiente.

"Os elefantes foram levados de avião para parques na China e no Dubai. Não houve mortes em trânsito", disse Priscah Mupfumira, ministra do Turismo e Ambiente.

Explicou ainda que o preço dos elefantes variou entre 12 mil e 37 mil euros cada, em declarações publicadas pelo jornal estatal Chronicle.

O dinheiro recebido foi destinado para atividades de conservação destes animais, incluindo apoio às operações contra a caça furtiva e unidades investigação a cargo da Autoridade de Parques e Vida Selvagem do Zimbábue.

Tal como o seu vizinho Botsuana, Zimbabué também é um forte defensor da legalização do comércio de marfim de elefante africano, proibido desde 1990 no âmbito da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Selvagens (CITES).

"O Zimbabué pode manter 55.000 elefantes, mas agora temos 85.000. Não podemos reduzir [o número] devido às restrições da CITES", argumentou Mupfumira, acrescentando que o seu Governo tem marfim no valor de 300 milhões de dólares (cerca de 266 milhões de euros) que não pode vender.

Este país tem a maior concentração de elefantes no mundo depois de Botsuana, que tem mais de 135.000 exemplares.