O voo MH17 da Malaysian Airlines, que caiu na Ucrânia em Julho do ano passado, foi abatido por um míssil BUK de fabrico russo. A conclusão é do inquérito liderado pela Holanda, que durou 15 meses e que deverá ser apresentado esta terça-feira.
Segundo o jornal holandês “Volkskrant”, que cita o relatório, o Boeing 777 foi abatido numa zona de combates entre separatistas pró-russos e forças governamentais quando efectuava a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur. O míssil terá sido disparado do leste da Ucrânia, avança o jornal citando três fontes próximas da investigação.
O aparelho terá sido confundido com um avião militar ucraniano.
Míssil russo mas disparado da Ucrânia
No mesmo dia em que são apresentadas as conclusões do inquérito, o fabricante russo dos mísseis BUK divulga também as conclusões de um estudo feito por sua iniciativa.
O presidente executivo da empresa, Yan Novikov, explica que fizeram algumas experiências para descobrir que tipo de míssil atingiu o avião. "Podemos garantir que caso o Boeing 777 da Malaysian Airlines tenha sido atingido por um míssil BUK terá sido um míssil 9M38, lançado da aldeia de Zaroshchenske”, afirmou, acrescentando que este tipo de armamento existe no arsenal ucraniano mas não é usado pelos militares russos.
De acordo com os rebeldes pró-Rússia, a aldeia de Zaroshchenske não estava sob seu controlo.
“Acreditamos que as sanções contra a empresa são injustas e que não têm qualquer ligação com a catástrofe do Boeing malaio”, afirmou.
O acidente com o avião da Malaysian Airlines ocorreu a 17 de Julho de 2014 e provocou a morte de 298 pessoas. As conclusões da investigação vão ser apresentadas aos familiares das vítimas e depois aos jornalistas, na base militar de Gilze-Rijen, para onde foram levadas as partes do aparelho encontradas no local do acidente e reconstruídas.
As nacionalidades das vítimas são holandesa, malaia, australiana, indonésia, britânica, alemã, belga, filipina, canadiana e neo-zelandesa.