A cantora norte-americana Madonna lançou, na quarta-feira à noite, um apelo emocional, gritando durante o seu concerto em Paris: "Nós não nos vamos curvar ao medo!"
"Eu penso no que aconteceu há quase quatro semanas", afirmou a artista visivelmente emocionada, referindo-se aos ataques na capital francesa que fizeram 130 mortos.
"Nós somos um coração e o nosso coração pode bater como um só. O poder do amor é maior do que o amor do poder", sublinhou.
Recordou depois a sua ligação a França. "Vim aqui quando tinha 20 anos e foi aqui, em Paris, que eu decidi fazer música. Obrigada Paris por plantares essa semente no meu coração!"
Envolta numa bandeira da França, Madonna cantou o hino nacional francês, a Marselhesa, deixando o público de Bercy Arena aos seus pés. Depois, seguiu para a Praça da República, que se tornou um local de homenagem aos atentados de 13 de Novembro, e cantou uma série de músicas para uma pequena multidão.
Em Novembro, num concerto na Suécia, Madonna reagiu emocionalmente aos atentados em Paris, dizendo que até se sentia mal de estar a dançar e a divertir-se “enquanto outras pessoas estão a chorar a perda de amigos e parentes”.
“É muito difícil fazer este concerto depois do que aconteceu na noite de ontem em Paris. Isso tem-me perturbado o dia inteiro. Pensei em cancelar o espectáculo de hoje, mas depois pensei que é isso que eles [terroristas] querem. Calar-nos! Mas eu não me vou calar!”, garantiu.
Na quarta-feira, foi identificado o terceiro atirador da sala de espectáculos Bataclan, em Paris. Foued Mohamed Aggad tem 23 anos e foi um dos que se fez explodir naquela sala, matando 90 pessoas.
Foi identificado através de testes de ADN feitos a elementos da sua família.
Os outros dois terroristas que estiveram envolvidos neste ataque são Samy Amimour, 28 anos, de Drancy, e Omar Mostefai, de 29, que vivia em Chartres.