O FC Porto preparou tudo menos as grandes penalidades, na contagem decrescente para a meia-final da Taça da Liga, frente ao Académico de Viseu. Apenas e só porque Sérgio Conceição cedeu à superstição.
"Não treinei penáltis. Das últimas vezes treinei e perdemos", admite o treinador do FC Porto, esta terça-feira, em conferência de imprensa.
Sérgio refere-se a uma final e uma meia-final da Taça de Portugal e uma final e uma meia-final da Taça da Liga, entre 2017/18 e 2018/19. Os dragões perderam nas grandes penalidades, sempre para o Sporting.
Superstições à parte, Sérgio Conceição lembra que a equipa de Jorge Costa, antigo amigo e companheiro com quem anda desentendido, não perde há 20 jogos. A preparação é como se fosse para a Champions.
"É sinal de qualidade, nas individualidades e no coletivo. Está a passar por um bom momento. Assumimos a responsabilidade, temos tudo a perder e nada a ganhar. Os jogos para nós são todos iguais, independentemente das competições ou dos adversários. Ambição grande. Preparámos este jogo exatamente da mesma forma que um jogo da Liga dos Campeões, com o máximo de seriedade. Temos muito respeito pelo Académico de Viseu", salienta o técnico.
Sérgio recorda, também, que há o "handicap" de ser uma meia-final a um jogo, pelo que não há oportunidade para corrigir se correr mal. Ainda assim, o FC Porto é "mais forte" e vai "fazer de tudo para estar na final".
Académico de Viseu tem qualidade para a I Liga
Zaidu recuperou de lesão e está disponível para o jogo, frente a um Académico "com princípios muito interessantes no 4-3-3".
Gosta de jogar a partir de trás, assume os jogos, tem um meio-campo muito rotativo, com mobilidade. Utiliza um 4-3-3 clássico, com um avançado muito móvel que joga bem em apoio, mas também ataca bem a profundidade. É uma equipa que podia claramente disputar a I Liga e andar do meio para cima, pela qualidade que mostra neste momento."
Sérgio Conceição reconheceu, ainda, que, desde a génese, a Taça da Liga tem-se tornado um título cada vez mais desejado. No caso do FC Porto ainda mais, porque é o único troféu que ainda não mora no Museu.
"A Taça da Liga tem evoluído de ano para ano e vai evoluir ainda mais. Lembro-me que no início os grandes metiam jogadores da equipa B e juniores a jogar. Agora, toda a gente quer ganhar. É um título importante para nós, até porque ainda não o temos no Museu", assume.