Os campos de férias católicos têm vindo a multiplicar-se pelo país, mas não havia nenhuma organização que os agregasse. “A Rede de Campos de Férias (RCF) surgiu precisamente para colmatar esta falha, porque acreditamos na importância da partilha de experiências”, diz à Renascença Marta Ramalho, responsável pela comunicação do organismo que nasceu em 2015.
Este ano, estão previstas pelo menos 110 iniciativas deste tipo, abrangendo cada uma cerca de 50 crianças e adolescentes. “Contando com os animadores e com os padres estamos a falar de um universo que ronda as cinco mil pessoas”, acrescenta.
“Todos os anos há campos novos, miúdos novos e animadores novos. Posso dizer que 50% dos 44 movimentos existentes atualmente têm menos de 10 anos”. E esclarece: “quando falo de movimentos refiro-me à diversidade de campos. Alguns estão associados a paróquias e outros a movimentos e associações”. Outros nasceram em núcleos de estudantes católicos universitários.
Ao longo de uma semana, ou alguns dias, as crianças e adolescentes têm oportunidade de fazer jogos e atividades, mas também de rezar e aprofundar a fé. Em todos os campos há um sacerdote, além dos animadores que os acompanham, por norma jovens. Além do sentido de pertença a um grupo, esta é uma oportunidade também para os participantes “verem como os animadores mais velhos vivem a alegria do Evangelho”, explica ainda Marta Ramalho, que não tem dúvidas: “quando um miúdo vê isso, é meio caminho para se manter na fé”.
Como há vários campos de férias com filas de espera nas inscrições, uma das missões da rede é “redistribuir ao máximo os participantes”, para que todos tenham vaga.