Artur Fernandes, presidente da Associação Nacional de Agentes de Futebol (ANAF), avisa que os jogadores sairão prejudicados desta paragem no futebol, considerando que estes não irão melhorar os seus contratos e que os próximos tempos não serão fáceis de ultrapassar.
“Nada de bom virá depois de uma calamidade como esta. Ninguém espere que o mercado seja muito melhor, que aconteçam melhores transferências, que os jogadores vão para uma posição muito melhor do que aquela que estão. O problema é tão grave e tão abrangente no mundo que as previsões no futebol são também as piores. Vamos ter esperança que a situação passe o mais rápido possível, porque quanto mais tempo demorar maior é a dimensão da catástrofe económica. Para o futebol vai ser tão mau como para todas as outras áreas”, afirma.
Nesta entrevista a Bola Branca, o presidente da ANAF diz que o balanço dos prejuízos será feito depois de ultrapassada a pandemia, esperando que seja um cenário negativo mas que será superado tal como foi com a crise económica.
“A nossa preocupação nesta altura é de agirmos civicamente para contribuir, isolados e à distância. Nesta altura o futebol é completamente secundário. O balanço vai ser feito, quando o Governo decretar o fim do surto, mas não tenho a mínima dúvida que vai ser devastador para todas as áreas da economia e da sociedade, e portanto, o futebol não vai fugir à regra. Vai ser mau, vai ser negativo, mas como todas as tormentas depois virá de certeza um período novo de reflorescimento e de recuperação, como aconteceu em todas as crises anteriores, e não há muito tempo que houve uma grande crise do ponto de vista económico, e soubemos dar a volta, e esta vamos dar com toda a certeza”, conclui.