O Ministério da Defesa turco revelou que os seus aviões de guerra realizaram este domingo ataques contra supostos alvos rebeldes curdos no norte do Iraque, após um ataque suicida a um edifício governamental na capital turca.
Em comunicado, o ministério indicou que cerca de 20 alvos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) foram destruídos na operação aérea, incluindo cavernas, abrigos e depósitos.
Anteriormente, um homem-bomba detonou um artefacto explosivo perto da entrada do Ministério do Interior, ferindo dois polícias. Um segundo agressor foi morto num tiroteio com a polícia, disse o ministro do Interior.
Uma agência de notícias próxima ao PKK disse que o grupo assumiu a responsabilidade pelo atentado suicida.
"Um ato de sacrifício foi cometido contra o Ministério do Interior turco por uma equipa dependente da nossa Brigada de Imortais", adiantou o grupo, citado pela agência de notícias ANF.
De acordo com o Governo da Turquia, pelas 09:30 (hora local, menos duas em Lisboa), dois terroristas apareceram num veículo militar ligeiro em frente à entrada da Direção-Geral de Segurança do Ministério do Interior, tendo realizado um ataque à bomba.
Os alegados terroristas morreram e dois polícias ficaram feridos.
O ataque foi planeado para coincidir com a sessão de abertura da época legislativa no Parlamento turco.
O PKK disse que esta foi uma resposta às "práticas desumanas" do exército turco contra a população curda e contra o grupo.
Os militares realizam, frequentemente, operações contra o PKK e os seus aliados no Sudoeste da Turquia.
"Se estes genocidas continuarem a cometer estes crimes, as ações legítimas da justiça revolucionária continuarão", assegurou.
Segundo a imprensa turca, também foram ouvidas trocas de tiros no bairro do Parlamento, zona onde se localizam muitos ministérios.
Vários veículos policiais e ambulâncias foram posicionados nessa área.
O porta-voz da Liga Árabe, Gamal Rushdi, já condenou o ataque.
"O terrorismo nunca atinge os seus objetivos. É rejeitado em todo o lado e não deve ser tolerado, nem receber pretextos ou desculpas", vincou.