“Acho que vai acontecer um ensaio em grande escala para o regresso pós-verão”, afirma Jacinto Lucas Pires na Renascença, a propósito das regras definidas para o regresso às aulas presenciais para o 11.º e o 12.º ano.
O comentador vê com bons olhos o plano apresentado pelo Governo, mas deixa um alerta: “os professores, os funcionários e os alunos não podem ser cobaias da sociedade como um todo. Têm de estar garantidas todas as medidas e procedimentos para que haja segurança neste regresso às aulas” e “estas regras possam ser, de facto, implementadas”.
Henrique Raposo, por seu lado, deixa uma mensagem aos pais: “não devem ter medo de enviar os filhos para a escola, porque as crianças, os bebés e os adolescentes não estão no grupo de risco”.
Os dois comentadores do programa As Três da Manhã comentaram ainda a questão da burocracia (ou facilitismo) ligada aos contratos públicos em tempo de pandemia. Segundo a imprensa, já foram gastos 88 milhões em ajustes diretos.
“Não é aceitável”, diz Jacinto Lucas Pires. “Percebo que para as compras urgentes haja um regime excecional, mas opacidade não é aceitável”, acrescenta, sublinhando que a “transparência no uso dos dinheiros públicos e a prestação de contas são princípios essenciais num Estado de Direito Democrático”.
Henrique Raposo alinha pelo mesmo diapasão de reforça: “temos de atravessar esta crise enquanto democracia e enquanto república. Não deixamos de ter os nossos valores e critérios só porque estamos no meio de uma peste. Esses valores são mais importantes do que tudo”.