O Governo australiano vai retirar os seus cidadãos da cidade chinesa de Wuhan, epicentro do novo coronavírus, para a Ilha Christmas, no Oceano Índico, onde vai ficar sob quarentena.
O primeiro-ministro Scott Morrison anunciou, em Camberra, que o plano de repatriamento vai dar prioridade a crianças e idosos, embora não haja ainda permissão por parte das autoridades chinesas.
Segundo dados oficiais, existem cerca de 600 australianos radicados na província de Hubei, cuja capital é Wuhan, que foi colocada na semana passada sob uma quarentena de facto, com entradas e saídas interditas.
A retirada vai ser coordenada a partir do consulado australiano em Xangai. A companhia aérea Qantas Airways ofereceu-se para fretar um avião.
Os australianos serão colocados sob uma quarentena obrigatória de 14 dias num centro médico autorizado na Ilha Christmas, localizada a cerca de 2.360 quilómetros a noroeste de Perth, no estado da Austrália Ocidental, e tradicionalmente usada para manter requerentes de asilo e criminosos estrangeiros em processo de deportação.
A Nova Zelândia vai trabalhar em conjunto com a Austrália para repatriar os seus cidadãos.
A Austrália registou, até à data, cinco infeções pelo novo coronavírus e recomendou aos seus cidadãos que reconsiderem qualquer viagem à China.
A Comissão Nacional de Saúde anunciou 5.974 casos confirmados de contaminação na China continental, mais 1.400 em relação a terça-feira, e elevaram o número de mortes para 132.