A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) vai apoiar cerca de 400 acampamentos para milhares de crianças e jovens em 13 países.
De acordo com a fundação pontifícia, aproximadamente metade das iniciativas vão decorrer na Síria, “um país de especial preocupação dada a situação dramática em que se encontra”, estando já inscritos 45.574 jovens nesta iniciativa internacional. Ao todo, os jovens da Síria vão participar em 273 campos de férias que se vão prolongar até setembro.
O segundo país mais envolvido nesta iniciativa de férias de Verão é o Líbano onde vão ser realizados 106 campos de férias para quase 19 mil crianças e jovens.
Segundo a AIS, estas iniciativas decorrem também de um apelo do Santo Padre para que a Igreja esteja atenta e apoie os mais novos, pois eles são a esperança num tempo melhor.
Marco Mencaglia, diretor de projetos da Ajuda à Igreja que Sofre Internacional, dá nota que “durante a última reunião da Reunião das Agências de Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO), o Santo Padre agradeceu-nos por apoiarmos os jovens das Igrejas Orientais. Encorajou-nos a escutar os sonhos que eles trazem no coração, dizendo que os jovens querem ser protagonistas do bem comum, que deve ser a 'bússola' da ação social”.
“O Papa pediu aos jovens que fossem sentinelas da paz, profetas que sonham e anunciam um mundo diferente e não mais dividido. Na Fundação AIS, aumentámos consideravelmente o nosso compromisso para com os jovens destes países. Queremos ser uma parte ativa deste futuro”, acrescentou ainda Mencaglia.
Na visão da AIS, os cursos de Verão são também importantes para muitas crianças e jovens fora do Médio Oriente, em países como a Ucrânia, Cazaquistão, Cuba, Lituânia ou Arménia, onde a Ajuda à Igreja que Sofre financia também diversas iniciativas.
No caso concreto da Ucrânia, um país no coração da Europa que vive o maior conflito militar desde a II Guerra Mundial, “houve um apoio especial por parte da Fundação AIS. Este ano, haverá cinco campos, para uma iniciativa chamada ‘Férias com Deus’, e que inclui também jovens refugiados ucranianos que se encontram na Hungria e na Estónia”.