Caso Cardinal: Paulo Pereira Cristóvão condenado a quatro anos e meio
Pereira Cristóvão, que enfrenta mais dois processos judiciais, foi também condenado ao pagamento de uma indemnização de 40 mil euros ao antigo árbitro assistente de futebol José Cardinal.
O antigo vice-presidente presidente do Sporting Paulo Pereira Cristóvão foi condenado esta sexta-feira a quatro anos e seis meses de prisão, com pena suspensa e com regime de prova, no âmbito do "Caso Cardinal". À pena vão ser descontados os 15 meses já cumpridos em prisão efectiva.
Paulo Pereira Cristóvão, que enfrenta mais dois processos judiciais, foi também condenado ao pagamento de uma indemnização de 40 mil euros, por danos não patrimoniais, ao antigo árbitro assistente de futebol José Cardinal.
O também ex-inspector da Polícia Judiciária criou uma lista de árbitros, assistentes e observadores com o número de identificação fiscal, número de identificação bancária, rendimentos, titularidade de bens móveis e imóveis e identificação do cônjuge.
O antigo vice-presidente do Sporting entre Março de 2011 e Junho de 2012 foi ainda condenado ao pagamento de indemnizações de 500 euros a cada um dos 35 árbitros que se constituíram assistentes no processo, o que perfaz um total de 17.500 euros.
O tribunal considerou como provados dois crimes de peculato, um de acesso ilegítimo e um de denúncia caluniosa.
O Sporting Clube de Portugal foi absolvido de qualquer envolvimento na tentativa de suborno ao antigo árbitro.
O outro arguido no processo, Vítor Viegas, um colaborador próximo de Paulo Pereira Cristóvão, foi absolvido de todos os crimes que estava acusado.
A juíza encarregada do processo deliberou que a "prova é inequívoca". A juíza entendeu ainda que a culpa é particularmente grave porque Pereira Cristóvão era vice-presidente do Sporting à altura dos factos. Pereira Cristóvão fica também impedido de exercer a actividade de dirigente desportivo.