Várias regiões do sul europeu estão confrontar-se com incêndios devastadores, enquanto, ao contrário, no norte da Alemanha fortes chuvadas provocaram inundações que forçaram a retirada de populações das suas casas e a improvisação de diques.
Ao final da tarde, na Albânia, em cinco distritos no ocidente e centro do país, 18 fogos mobilizaram 130 bombeiros e destruíram 15 hectares de pasto, vinha e olival.
Desde o fim de Junho que bombeiros, militares e autoridades locais têm combatido uma dúzia de fogos todos os dias.
O Ministério do Interior albanês informou que não tem registo vítimas e que já foram detidas várias pessoas, acusadas de fogo posto.
Na Itália, existem vários fogos no centro e sul, acirrados pela seca e pelas elevadas temperaturas, mas as autoridades afirmam que na sua maioria foram provocados por incendiários.
As autoridades de Protecção Civil informaram que este quarta-feira responderam a 26 pedidos de lançamento aéreo de água e retardantes de fogo, em locais como Calábria, Sicília, Sardenha, Lazio e Apúlia.
Há semanas que os fogos em Itália se mantêm, provocando retiradas episódicas de populações e a devastação de vastas áreas de pasto e de floresta. Uma organização agrícola estimou que tenham morrido 50 mil milhões de abelhas, em resultado do incêndio nas encostas do Vesúvio.
Em França, é na Cote d'Azur (Costa Azul) que se regista hoje um forte incêndio, que já obrigou à retirada de 10 mil pessoas da cidade de Bormes-Les-Mimosas, três mil dos quais campistas, pela ameaça colocada pelas chamas na vizinha floresta mediterrânica. O aeroporto de Toulon chegou a ser encerrado.
Desde segunda-feira que se verificam vários incêndios nesta região.
Em comunicado, a autarquia de La Londe-les-Maures informou que um forte fogo começou às 23h00 de terça-feira e que 540 bombeiros tinham sido enviados para os locais. Esta quarta-feira de manhã havia num balanço de 800 hectares de floresta queimados.
O alargamento do incêndio levou-o às proximidades de Saint-Tropez.
Na Alemanha, o cenário é o oposto. Fortes chuvadas inundaram partes do norte do país, provocando evacuações de vários locais e levando os residentes a empilharem sacos de areia frente às residências, para as proteger.
O centro da cidade de Goslar, na região montanhosa de Harz, a oeste de Berlim, foi encerrado um hotel, um lar de idosos evacuado e a praça do mercado submersa.
A linha férrea que serve a cidade foi encerrada.
Na vizinha Hildesheim, as pessoas empilharam sacos de areia ao longo das margens do rio Innerste, com os bombeiros prontos para retirarem mais de mil pessoas de um bairro ameaçado de inundação, adiantou a agência noticiosa alemã DPA.