O candidato à liderança do PS José Luís Carneiro prometeu, esta sexta-feira, repor a dedução no IRS dos custos com os juros dos empréstimos bancários para compra de habitação, caso seja eleito e vença as legislativas de março.
"Comprometo-me a garantir que as famílias que têm empréstimos bancários para habitação terão uma dedução no IRS no que respeita aos custos com os juros desses empréstimos", afirmou o socialista à chegada para um encontro com militantes em Lourosa, no concelho de Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro.
Esta proposta, que faz parte da sua moção de estratégia, é "muito importante para todos os portugueses", disse.
Dizendo que o objetivo é valorizar os rendimentos das famílias, José Luís Carneiro referiu que a medida abrange milhares de famílias portugueses, particularmente os mais jovens que querem comprar casa e que hoje têm custos muito elevados com a habitação.
"São muitas as famílias portuguesas que têm créditos à habitação, muito particularmente as classes médias e os mais jovens", ressalvou.
Atualmente, podem deduzir-se despesas de juros de empréstimos desde que tenham sido contratados até ao final de 2011 e para compra de casa para habitação própria e permanente ou arrendamento permanente. .
Ainda em matéria de habitação, o atual ministro da Administração Interna defende um "pacto nacional" para "aumentar muito significativamente o parque público de habitação acessível e o fomento da construção de nova habitação e da reabilitação urbana para fins habitacionais, pelo setor privado e cooperativo, alinhando incentivos nos casos em que os imóveis se destinem a habitação a custos controlados".
Segundo José Luís Carneiro, para fazer face à crise neste setor é preciso "apoiar conjunturalmente as famílias com dificuldade de pagamento das suas prestações ou das suas rendas, bem como dar resposta imediata ao alarmante crescimento do número de pessoas sem-abrigo".
Nas eleições de 15 e 16 de dezembro, José Luís Carneiro terá como adversários na corrida à liderança do PS o deputado e ex-ministro Pedro Nuno Santos e o dirigente socialista Daniel Adrião.