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A Aminstia Internacional pede intervenção urgente do governo da Colômbia para evitar mortes dos povos indígenas que habitam no país, "comunidades que estão em vias de extinção física e cultural".
A organização diz que o Estado tem de garantir o acesso desses povos à saúde, água e comida, face à pandemia da Covid-19. O povo indígena tem maior dificuldade a realizar a quarentena obrigatória devido ao seu estilo de vida individual e comunidade seminómada.
A quarentena impede que os povos consigam ter acesso aos bens mais essenciais, como comida e água.
"A Colômbia tem de tomar medidas urgentes para garantir os direitos dos povos indígenas. São esforços que devem ser coordenados com cada comunidade, respeitando o direito à sua autonomia", pode ler-se no comunicado da Amnistia.
Fernanda Doz Costa, porta-voz da Aminstia Internacional na América do Sul, diz que caso o governo não tome medidas, os "povos indígenas vão enfrentar um dilema impensável: morrer à forma ou devido à pandemia".
De acordo com os dados apresentados pela Aministia, há pelo menos quatro casos confirmados em comunidades indígenas no país.
Quarentena ou castigo físico
Os povos indígenas, com as suas próprias regras, implementaram castigos físicos para quem quebrar a quarentena obrigatória.
Segundo vídeos revelados pela Reuters, as autoridades indígenas podem chicotear a pessoa três vezes. O castigo inclui também trabalho comunitário.
A Colômbia está em quarentena desde 25 de março até 11 de maio, com mais de cinco mil casos positivos de Covid-19 e 225 mortes.