O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que a variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 aparenta ser "mais transmissível, mas não necessariamente mais danosa para a saúde", apelando a que, até que surja mais informação, se tenha o "máximo de cautela possível".
Falando aos jornalistas pouco depois de participar na cerimónia de comemoração do 1.º de Dezembro, que decorreu esta quarta-feira na Praça dos Restauradores, em Lisboa, António Costa salientou que, das informações que o Governo tem recebido tanto das "autoridades sul-africanas" como "dos contactos com médicos portugueses que trabalham na África do Sul", a variante Ómicron terá "um maior índice de transmissibilidade", mas não tem uma "sintomatologia muito diferente das variantes anteriores".
"As informações que têm sido recolhidas indicam uma coisa: primeiro, esta variante tem um maior índice de transmissibilidade, ou seja, é mais perigosa na transmissão, (...) [mas] não aparenta desenvolver uma sintomatologia muito diferente das variantes anteriores, ou seja, é mais transmissível mas não é necessariamente mais danosa para a saúde", afirmou.
No entanto, o chefe do executivo salientou que é "importante" saber-se mais sobre a nova variante e frisou que, até que haja mais informação, é necessário "o máximo de cautela possível".
"É preciso termos cautela porque ainda sabemos pouco, foi detetada há pouco tempo, portanto temos que ir aguardando a informação que as autoridades científicas vão produzindo. (...) É evidente que não nos podemos descuidar", salientou.
A nova variante do coronavírus SARS-CoV-2 (que provoca a Covid-19), a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul, tendo sido identificados, até ao momento, 13 casos desta nova estirpe em Portugal.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.441 pessoas e foram contabilizados 1.147.249 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.