O ministro da Economia diz que a queda do PIB confirma o que já se sabia, admitindo que face aos números do INE é preciso repensar as projeções que estão no Orçamento Suplementar.
“É uma quebra de PIB que confirma aquilo que já se sabia, que nós tivemos nos meses de abril e maio uma queda muito acentuada da atividade económica, com uma quebra muito acentuada do consumo privado, uma quebra do investimento, mas sobretudo uma grande quebra das exportações. São estes fatores, sobretudo a queda das exportações que explicam a queda do PIB no segundo trimestre”, disse Siza Vieira aos jornalistas.
“Obviamente estes números vão obrigar a refletir sobre as previsões do Orçamento Suplementar”, avançou o ministro em declarações transmitidas pela SIC Notícias.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB caiu 16,5% no segundo trimestre do ano face ao mesmo período de 2019, e 14,1% em cadeia - relativamente ao primeiro trimestre do ano -, devido aos efeitos económicos da pandemia de Covid-19.
Segundo o ministro, os dados mostram que em junho a economia teve uma ligeiríssima recuperação. “Depois da quebra muito grande em abril e maio já estamos a ter alguma recuperação: as vendas aumentaram, as exportações aumentaram, as compras com Multibanco aumentam e as deslocações também aumentaram. A partir deste trimestre vamos assistir a um crescimento do produto”, sublinha.
Nesta intervenção, o ministro afirma ser provável que algumas empresas não consigam
aguentar e, que por isso, haja um crescimento de insolvências e do desemprego. “É
lamentável, mas expectável face à dimensão da quebra que tivemos no trimestre
anterior. O mais importante é criar as condições para que a partir daqui
tenhamos uma recuperação da atividade económica.”