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O Presidente da República reafirma que este período de pandemia é o maior desafio dos últimos 100 anos, mas que temos de nos manter únicos, apesar de estarmos separados fisicamente.
Este é “o desafio que estamos a enfrentar é como nenhum outro nos últimos 50 anos”. “É o maior desafio no domínio da vida e da saúde nos últimos 100 anos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, numa mensagem deixada na RTP.
“A unidade tem sido vivida de forma diferente da de outros tempos, das crise económicas dos anos 70, 80 e até de 2011 e 2012 e dos incêndios”, exemplificou ainda explicando: “Porque temos de estar confinados, separados fisicamente mas nunca estivemos tão juntos”.
O Chefe de Estado lembra que no plano da saúde, que é prioritária, os últimos dias “têm deixado bons sinais”, “parece estar terminado mas não está”. “Não se trata de um combate por um grupo de risco, mas por toda a sociedade”, refere.
Marcelo reforça que “este mês [de abril] é determinante” na luta contra o coronavírus. “Até ao final de abril esperamos ver se se consolida ou não aquilo que é a tendência aparente neste momento”.
O Presidente da República reconhece que “nenhuma crise como esta é de resposta fácil e isenta de erros”. Apesar disso, espera que no final de abril se possa sair do “sufoco sanitário”.
Sem “vida e saúde, a economia e a sociedade
não se reconstroem”, mas que “à medida que o sufoco sanitário passa — e
desejamos que se confirme que vai passar durante o mês de abril — importa que a
economia e sociedade se normalizem”.
No plano económico “vai ser um arranque lento, desigual e difícil. Há apoios que não podem esperar meses. São os mais urgentes dos urgentes”, diz.
Marcelo Rebelo de Sousa refere que vão ser necessários apoios, "investimento publico e privado, com contributo europeu, nacional, estatal e da banca, e dos empresários. E aí “a solidariedade tem de estar presente porque a crise social e económica bate mais fundo nos mais marginalizados e dependentes”.
Nesta comunicação para o programa “Prós e Contras”, da RTP, o Chefe de Estado reafirmou que “tem de haver verdade”, seja no plano da saúde, na divulgação dos infetados, dos casos, das dificuldades, mas também no plano económico e dos problemas que todos vão atravessar para sair da crise.
Marcelo fala também na “vontade de vencer o surto atual até ao verão” e que se “reaparecer mais esbatido no próximo inverno, até à primavera, ir aguentado a economia e a sociedade”, mas alerta: “Os anos de recuperação não devem ser intermináveis e não devem ser só tapar buracos mas pensar no futuro a prazo”.