O Santo Padre recebeu esta manhã um grupo de diplomatas que lhe apresentaram as suas cartas credenciais. Com o pensamento no que se passa em Israel e na Palestina, Francisco disse: “Agradeço a Deus a decisão de parar os confrontos armados e espero que sejam seguidos os caminhos do diálogo e da paz”.
A propósito do recente cessar-fogo naquela região, o Papa acrescentou que “amanhã à noite, os Ordinários católicos da Terra Santa celebrarão com os seus fiéis a Vigília de Pentecostes na igreja de Santo Stefano, em Jerusalém, implorando o dom da paz”.
“Aproveito esta oportunidade para pedir a todos os pastores e fiéis da Igreja Católica que se juntem a eles em oração”, disse o Papa.
Francisco espera assim que “a súplica ao Espírito Santo se eleve em todas as comunidades, para que israelitas e palestinos encontrem o caminho do diálogo e do perdão, para serem pacientes construtores da paz e da justiça, abrindo-se, passo a passo, a uma esperança comum, à convivência entre irmãos”.
Neste discurso, o Santo Padre não esqueceu as consequências da pandemia e a necessidade de abordar questões globais urgentes, como as da migração e alterações climáticas e as crises humanitárias que muitas vezes delas resultam.
“Penso também na ddívida económica que pesa sobre muitos países que lutam para sobreviver, e na ‘dívida ecológica’ que devemos à própria natureza, bem como aos povos e países afetados pela degradação ambiental causada pelo homem e pela perda da biodiversidade”, afirmou.
Francisco sublinhou ainda que “estes problemas não são meramente políticos ou económicos; são questões de justiça, uma justiça que não pode mais ser ignorada ou adiada”.
Na verdade, acrescentou o Papa, “é um dever moral intergeracional, porque a seriedade com que respondemos a estas questões determina o mundo que deixamos para os nossos filhos”.
Os novos embaixadores que apresentaram as cartas credenciais ao Papa são provenientes de Singapura, Zimbabué, Bangladesh, Argélia, Sri Lanka, Barbados, Suécia, Finlândia e Nepal.