O presidente da IL acusou esta terça-feira o PS de não ter candidato, obra ou programa eleitoral, e o PSD de não ter coragem de reformar e mudar o rumo do país.
"Em rigor, o PS não tem um candidato, o PS não tem obra, o PS não tem programa eleitoral", afirmou Rui Rocha num jantar comício em Lisboa, naquele que é o décimo dia de campanha eleitoral para as eleições de domingo.
Perante uma sala cheia, onde estavam o antigo líder da IL João Cotrim de Figueiredo e o cabeça de lista por Lisboa, Bernardo Blanco, o dirigente liberal considerou que o PS não tem candidato frisando que "Pedro Nuno Santos, da forma como saiu do Governo, numa empresa não voltaria a ter responsabilidades".
"Como é que pode agora aspirar sequer a ser primeiro-ministro de Portugal?", questionou.
Além de considerar que o PS não tem um candidato, Rui Rocha acusou ainda o partido de não ter obra porque "deixou uma crise na habitação, deixou os portugueses com acesso universal a listas de espera e 40.000 alunos sem professores".
E acrescentou: "Olhemos para tudo aquilo que é fundamental na vida dos portugueses e vejamos onde é que está a obra. Eu não vejo obra, não vejo obra do PS".
O presidente da IL argumentou ainda que o PS não tem programa eleitoral porque não se lembra de uma única medida daquele partido que sirva para mudar o país.
O que o PS tem no seu programa eleitoral é "exatamente aquilo que trouxe Portugal ao estado em que está", frisou.
"Não há candidato, não há obra, não há uma ideia no programa eleitoral e é por isso que digo que é preciso mudar o país no dia 10 de março", insistiu.
Rui Rocha considerou que o "vento da mudança já começou a superar em Portugal" e há algo que é evidente é que "no dia 10 de março o país vai mesmo mudar de sentido".
Mas, na opinião do dirigente liberal, mudar não basta e é preciso definir o sentido da mudança.
O presidente da IL sublinhou que os portugueses têm de escolher se querem uma mudança efetiva, de futuro e que transforme Portugal ou se querem mais do mesmo.
Apontando também críticas ao PSD, Rui Rocha disse que este partido não tem a "ambição e coragem suficiente para mudar e transformar efetivamente o país".
E, a título de exemplo, o dirigente liberal falou na diferença entre a IL e o PSD para mudar o sistema eleitoral, recordando que a IL quer a criação de um círculo de compensação e o PSD uma alteração por via da Constituição, demonstrando que "não quer alterar nada e quer estar nas mãos do PS porque depende do PS para essas alterações".
Além disso, Rui Rocha enumerou ainda as diferenças entre estes partidos de direita em matéria de saúde, de impostos e de educação.
Num apelo ao voto, o presidente da IL vincou que no domingo é o momento dos portugueses dizerem "que querem um Portugal diferente e, para isso, só há um voto para tornar Portugal diferente, que é na IL".