Os Estados Unidos autorizaram o envio de caças e de bombas para as forças armadas de Israel, no valor de milhares de milhões de dólares, avançou esta sexta-feira o “Washington Post”.
O novo pacote de armamento pesado prevê o envio para Israel de mais de 1.800 bombas MK84 e de 500 MK82, refere o jornal, que cita fontes do Pentágono e do Departamento de Estado.
A notícia é conhecida dias depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidas ter aprovado uma resolução a exigir um cessar-fogo na Faixa de Gaza, graças à abstenção dos Estados Unidos.
Todos os anos, os EUA apoiam Israel, aliado de longa data, com armamento no valor de 3,8 mil milhões de dólares, o equivalente a 3,5 mil milhões de euros.
Os Estados Unidos têm enviado defesas aéreas e munições para Israel, mas alguns democratas e grupos árabes-americanos criticaram o apoio constante da administração Biden a Israel, que, segundo eles, proporciona uma sensação de impunidade.
Entretanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deu "luz verde" esta sexta-feira a uma nova ronda de conversações, em Doha e no Cairo, com vista a uma trégua em Gaza.
"Benjamin Netanyahu falou com o diretor da Mossad [serviços de informações externas israelitas] e com o diretor do Shin Bet [serviços de informações internas] e aprovou uma nova ronda de negociações nos próximos dias, em Doha [Qatar] e no Cairo [Egito]", declarou o seu gabinete em comunicado.
A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas contra Israel a partir da Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, que causou a morte de pelo menos 1.160 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.
Israel indica que cerca de 250 pessoas foram também raptadas, 34 das quais morreram e 130 delas continuam reféns em Gaza.
Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas, que considera uma organização terrorista juntamente com os Estados Unidos e a União Europeia, e lançou uma ofensiva que já fez 32.623 mortos, na sua maioria mulheres e crianças, segundo os últimos números divulgados na sexta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas.