A Rússia reage com muita dureza às sanções impostas pelos Estados Unidos por alegada interferência de Moscovo nas eleições presidenciais norte-americanas.
O porta-voz do Kremlin não tem dúvidas: “as acções norte-americanas destroem as relações diplomáticas com a Rússia” e garante que será o próprio Presidente Putin “a decidir que resposta dar aos Estados Unidos”, mas que esta será “adequada”.
Dimitri Peskov refere ainda que as sanções impostas à Rússia são “um sinal de que Washington tem uma política internacional agressiva”.
Moscovo diz ainda ter dúvidas quanto à eficácia destas sanções, numa altura em que faltam três semanas para mudar a administração dos Estados Unidos, de Obama para Trump.
Já Konstantin Dolgov, representante do Kremlin para os Direitos Humanos, Democracia e Estado de Direito disse que "aquelas decisões unilaterais têm como objectivo prejudicar as relações e dificultar o seu restabelecimento no futuro", referindo-se à chegada de Donald Trump à Casa Branca.
Os Estados Unidos aprovaram um pacote de sanções à Rússia na sequência da acusação de interferência informática de Moscovo nas eleições presidenciais norte-americanas.
Para além disso, a Administração Obama decidiu expulsar 35 diplomatas russos e encerrou duas instalações russas em Maryland e Nova Iorque onde estariam alegadamente a ser realizas actividades secretas por parte de elementos ligados à Rússia. Os diplomatas russos têm 72 horas para abandonar os Estados Unidos.
O Presidente Barack Obama refere que haverá "novas e variadas sanções", sem as especificar, que serão divulgadas e entrarão em vigor quando os Estados Unidos entenderem.