O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) vai aderir à greve da administração pública prevista para 17 de março, em defesa de aumentos salariais, da valorização das carreiras e dos serviços públicos.
No pré-aviso divulgado esta quarta-feira, o SEP explica que esta greve, entre as 00h00 e as 24h00, vai abranger o trabalho programado, sendo assegurados serviços mínimos para garantir "necessidades sociais impreteríveis".
O aumento de salários imediato de 10%, num mínimo de 100 euros, a fixação de preços máximos nos bens e serviços essenciais, a taxação dos lucros inesperados de grandes empresas e a alteração do sistema de avaliação da função pública (SIADAP) são alguns dos motivos da greve, refere o pré-aviso.
Segundo o pré-aviso, no âmbito dos serviços mínimos, devem ser prestados cuidados de enfermagem em situação de urgência nas unidades de atendimento permanente que funcionem 24 horas por dia, nos serviços de internamento que também funcionam 24 horas/dia e nos cuidados intensivos.
Devem igualmente ser prestados os cuidados de enfermagem no bloco operatório (com exceção das cirurgias programadas), na urgência, na hemodiálise e nos tratamentos oncológicos.
Nos serviços mínimos de tratamento oncológico estão incluídas as cirurgias ou o início de tratamentos de radioterapia ou quimioterapia em doenças oncológicas de novo, desde que classificadas como de nível de prioridade 4, assim como as cirurgias em doenças oncológicas de novo de prioridade 3 quando exista determinação médica nesse sentido e não seja possível reprogramar a intervenção nos 15 dias seguintes ao anúncio da greve.
Estão igualmente abrangidos pelos serviços mínimos os cuidados de enfermagem de continuidade nos tratamentos oncológicos em curso, como os programas terapêuticos de quimioterapia e radioterapia e os tratamentos de prescrição diária em ambulatório.
Quanto ao pessoal de enfermagem para a prestação dos serviços mínimos, o pré-aviso explica que será em número idêntico ao do turno da noite, a que acresce, nos blocos operatório para cirurgias de oncologia, 3 profissionais no bloco e um no recobro.
A greve de dia 17 de março, convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, abrange todos os setores da administração pública.