Veja também:
- Podcast Renascença. Em Nome do Voto
- Sondagem das Sondagens
- Eleições legislativas ao minuto
- Interativo. O perfil dos candidatos à Assembleia da República
- Entrevistas aos candidatos
- Programas eleitorais
O secretário-geral do PCP insurgiu-se hoje contra a "persistência" do discurso de bipolarização e do bloco central, classificando-o como "truques" que apenas conduzem ao "resvalamento do PS" para salvar a política de direita.
"Está aqui muita gente jovem que não se lembra, ainda era bem pequenina ou não existia, em relação aos truques que agora parecem uma grande novidade: bloco central, alternância sem alternativa, bipolarização, entendimentos a bem ou a mal com o PSD. Mas para quê esta persistência?", questionou Jerónimo de Sousa, enquanto intervinha no final de um desfile no Barreiro.
Na opinião do secretário-geral comunista a insistência neste tipo de discurso tem como propósito "salvar a política de direita" e, por isso, apelou ao voto na CDU como maneira de contrair essa tendência.
"O reforço da CDU é uma questão fundamental para impedir o resvalamento do PS, repetindo o que muitas vezes repetiu ao longo da história da nossa democracia, de que é necessário é derrotar a política de direita e não fazer arranjinhos", completou.
O líder comunista acrescentou que "os grandes senhores do dinheiro têm medo" da CDU, argumentando que os grandes grupos económicos apenas querem "cercar o povo português dentro do bloco central".
No penúltimo dia de campanha para as eleições legislativas de domingo, Jerónimo de Sousa integrou a parte final de um cortejo da CDU que começou na Câmara Municipal do Barreiro, de executivo socialista, e acabou no Parque Catarina Eufémia.
"Assim não pode ser, trabalhar e empobrecer", e "precariedade em Portugal é vergonha nacional" foram as principais palavras de ordem do desfile com várias dezenas de apoiantes da Coligação Democrática Unitária.
Nos metros finais, uma pequena comitiva do PS com cerca de dez pessoas, optou por interromper a ação de campanha em curso e caminhar pelo passeio.
No final, Jerónimo de Sousa referiu que "aqueles que votaram na CDU" há dois anos "pelo menos" ficaram com a garantia de que o voto foi honrado.