"Para dar um sinal da proximidade e da solidariedade", o Presidente da República vai visitar a ilha de São Jorge, nos Açores, este domingo. A informação foi avançada pelo presidente do Governo regional.
José Manuel Bolieiro assegurou à Renascença que apesar da frequência da crise sísmica não ter diminuído, há uma redução da magnitude dos sismos que se têm feito sentir.
Cerca de 1.700 decidiram abandonar São Jorge, deslocando-se para outras ilhas do arquipélago onde têm ou outra habitação ou familiares. E perto de 8.000 decidiram, por iniciativa própria, mudar-se para o concelho vizinho da Calheta.
Cerca de 12.700 sismos foram registados na ilha de São Jorge, no âmbito da crise que se iniciou a 19 de março, segundo o presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).
"Neste momento, só para o sistema fissural de Manadas, onde está a acontecer esta crise sísmica há cerca de sete dias, temos mais do dobro do que aqueles que foram registados em toda a região autónoma dos Açores em 2021", afirmou Rui Marques.
Confirmou que se está a verificar uma "diminuição da energia libertada e, como tal, a magnitude média tem vindo a diminuir", o que faz com as pessoas estejam a sentir menos sismicidade.
"Neste momento, passamos os 12.700 sismos já registados, dos quais 187 foram sentidos pela população e só três desde a meia-noite de hoje", afirmou Rui Marques, ao avançar que a frequência dos sismos mantém-se "extremamente acima dos valores normais para os Açores" e que continua a vigorar o aleta vulcânico V4, (de um total de cinco), o que significa "possibilidade real de erupção".
A crise sismo vulcânica em São Jorge iniciou-se às 16h05 de sábado, tendo o sismo mais energético ocorrido nesse dia às 18h41 com uma magnitude de 3,3, na escala de Richter.
Desde então, o CIVISA já registou milhares de sismos de baixa magnitude, tendo sido sentidos pela população mais de 186.