A Universidade Nova de Lisboa descreve Freitas do Amaral como “uma figura incontornável do Direito em Portugal, que teve uma visão ousada e inovadora para o ensino do Direito no país”.
É assim que a universidade reage à morte do fundador da Faculdade de Direito.
“A melhor homenagem que podemos prestar ao Professor Freitas do Amaral é dar contínuo vigor e renovado arrojo a um projeto que iniciou e que veio revolucionar o ensino do Direito em Portugal”, afirma a atual diretora, Mariana França Gouveia.
Na nota enviada à Renascença, a Universidade Nova de Lisboa “junta-se ao país num voto de pesar pelo falecimento de Diogo Freitas do Amaral e apresenta as mais sentidas condolências à família”.
É também com pesar que a Editora Bertrand reage à morte do antigo ministro dos Negócios Estrangeiros (entre muitos outros cargos políticos) e “um dos fundadores da Democracia portuguesa”.
“Com vários livros publicados pela Bertrand, nos quais se incluem os três volumes de ‘Memórias Políticas’”, a editora destaca algumas frases dos livros.
“Ao olhar para as várias fases da minha vida, muito cheia e multifacetada, quase sempre a começar de novo, revejo-me por inteiro nas recentes e belas palavras do Papa Francisco (Exortação apostólica «Cristo Vive», 2019): ‘Um jovem não pode sentir-se desanimado, é próprio dele sonhar coisas grandes, procurar largos horizontes, atrever-se a mais, querer conquistar o mundo, ser capaz de aceitar propostas desafiantes e desejar contribuir, com o melhor de si mesmo, para construir algo melhor.’
Sempre fui um cidadão ativo, movido por um forte impulso interior no sentido da participação, do reformismo e de maior justiça social”, refere Freitas do Amaral.
Lembrando depois muitas das etapas da sua vida, a sinopse do livro “Memórias Políticas III (1982 - 2017): 35 anos de Democracia ̶ um percurso singular” termina com a seguinte frase: “Sonhei coisas grandes: e, felizmente, vivi muitas.”