O bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, apelou esta segunda-feira aos peregrinos presentes nas celebrações do 13 de setembro em Fátima ao acolhimento dos refugiados do Afeganistão.
Presidindo à Peregrinação Internacional Aniversária, D. António Moiteiro lembrou que “o estilo de vida proposto por Jesus manifesta-se em algumas recomendações que explicitam como se deve viver o mandamento do amor”.
Uma delas é “uma comunidade que acolhe a todos, que se preocupa com cada um nas suas necessidades e que se mantém unida pelo amor fraterno”.
Por isso, salientou, “tendo em conta a situação dramática dos nossos irmãos do Afeganistão, somos interpelados a viver o amor mútuo, como forma essencial do ser cristão”.
“A preocupação pelos necessitados, a atenção aos doentes, o acolhimento aos estrangeiros e refugiados, a assistência aos presos, o cuidado dos mais pequenos e débeis sempre fizeram parte do discipulado cristão”, concluiu D. António Moiteiro.
Quem não se preocupa com o sofrimento não é cristão
Na sua homilia, D. António Moiteiro pediu que se passe das palavras aos atos.
Defendendo que “não basta que a Sua (de Jesus) mensagem nos pareça excelente e digna de ser anunciada”, o bispo de Aveiro considerou que “quem não se preocupa com os sofrimentos do povo, com a sua fome religiosa, a sua sede de Deus, não é verdadeiro seguidor”.
Antes, “vive numa ilusão, porque não há seguimento sem missão”.
Maria aponta os meios que transformam o ser humano
Salientando que “Maria é imagem de quem se confiou plenamente ao amor de Deus”, D. António Moiteiro referiu que “as aparições e apelos de Nossa Senhora na Cova da Iria” de “conversão ao amor de Deus” e de “adoração, oração e sacrifício” são “os meios que transformam a vida do ser humano”.
A Peregrinação Internacional Aniversária de setembro juntou na Cova da Iria milhares de peregrinos que preencheram 40% da sua lotação e levaram ao encerramento de quatro das oito entradas do recinto.