O movimento cívico SOS Serra D’Arga exige ao Governo a imediata exclusão daquele território do plano nacional do lítio e a não atribuição de quaisquer direitos de exploração de depósitos minerais a empresas privadas.
“Acabou-se o tempo de pedir transparência e soberania local. Já de nada serve pedir que se ouça a vontade da população. Chegou a hora de exigir”, pode ler-se no comunicado enviado à Renascença.
A resolução foi aprovada numa reunião realizada em Dem, no concelho de Caminha, em que participaram conselhos diretivos de baldios, juntas de freguesia e o movimento SOS Serra d’Arga e será enviada ao Governo, ao ministro do Ambiente e Ação Climática e ao secretário de Estado Adjunto e da Energia.
No documento é exigido “de uma vez por todas que o Governo retire a Serra d’Arga desse programa mineiro altamente destrutivo. Exigimos a todas as empresas mineiras que retirem os seus pedidos de prospeção e exploração”.
O movimento promete empregar “todos os esforços e recorrer a todos os meios ao seu dispor no sentido de impedir a destruição de todo o trabalho desenvolvido, nas últimas duas décadas, quer pelas autarquias e agentes sociais locais, quer pelas comunidades em prol do desenvolvimento sustentado e sustentável nestes territórios”.
“A nossa posição é final e não vamos ceder nem um milímetro: aqui não entram. Aqui não furam. Minas aqui nunca mais!”, escrevem os signatários.
O movimento SOS Serra d’Arga, indica que há atualmente três pedidos de exploração, denominados Ledo, Aldeia e Vilarinho e avisa que “não aceita ver o seu património destruído”.
A Serra d’Arga abrange uma área de 10 mil hectares nos concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo e Ponte de Lima e está em fase de classificação como Área de Paisagem Protegida de Interesse Regional, numa iniciativa conjunta dos quatro municípios.