Azeredo Lopes arrolou António Costa como testemunha de defesa no processo de Tancos, no qual foi acusado de quatro crimes. O nome do primeiro-ministro surge como o primeiro de uma lista de nove testemunhas chamadas pelo ex-ministro da Defesa.
A notícia é confirmada pela agência Lusa, que acrescenta que no requerimento de abertura da instrução são indicados, além de Costa, o tenente-general António Martins Pereira, ex-chefe de gabinete de Azeredo Lopes, Silva Ribeiro, chefe de Estado Maior general das Forças Armadas, e o seu antecessor, o general António Pina Monteiro.
Azeredo Lopes é acusado de denegação de justiça, prevaricação, abuso de poder e favorecimento, relativamente ao encobrimento da operação levada então a cabo pela Polícia Judiciária Militar no achamento do armamento roubado nos paióis de Tancos.
No mesmo documento, apresentado pelo seu advogado, Germano Marques da Silva, o ex-ministro da Defesa diz que a acusação está fundada em “preconceitos, desconhecimento, omissões e falsidades” e declara-se inocente “relativamente a todos os crimes dos quais vem acusado”.
António Costa surge como testemunha depois do diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Albano Morais Pinto, não ter considerado relevante que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o próprio primeiro-ministro fossem chamados a depor como testemunhas neste caso.