João Leão aconselha administração do Novo Banco a dedicar-se a "gerir bem"
16-06-2020 - 11:56
• Renascença com Lusa
"O presidente do Novo Banco deve concentrar-se em gerir bem", foi a resposta do novo ministro a declarações do presidente do Novo Banco de que será necessário injectar mais dinheiro na instituição para além do que está previsto por causa da pandemia.
O ministro das Finanças, João Leão, aconselha a administração do Novo Banco a dedicar-se em gerir bem o banco até ao final do ano.
"O presidente do Novo Banco deve concentrar-se em gerir bem", foi a resposta do novo ministro a declarações do presidente do Novo Banco, António Ramalho, de que será necessário injectar mais dinheiro na instituição para além do que está previsto por causa da pandemia.
João Leão está a ser ouvido pelos deputados da comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da discussão sobre o Orçamento Suplementar e respondia a uma pergunta da deputada Mariana Mortágua, do BE, sobre se o Governo tenciona "passar um cheque em branco" ao Novo Banco.
João Leão reforçou a sua posição dizendo que as questões de mais capital são "extemporâneas". O novo ministro das Finanças salientou que no orçamento suplementar "não existe nenhuma verba prevista para reforço, este ano, do Novo Banco", e assegurou que "não está prevista nenhuma verba para além dos 3,9 mil milhões" de euros.
João Leão, admitiu que o Estado poderia intervir no Novo Banco "enquanto acionista", mas excluindo a injeção de capital ao abrigo do Mecanismo de Capital Contingente, com limite nos 3,9 mil milhões.
"Se, por acaso houvesse qualquer intervenção do Estado, seria noutro âmbito [que não o do teto do Mecanismo de Capital Contingente], seria do Estado enquanto acionista, seria diferente. Ou seja, não tem a ver com o mecanismo que estamos a falar, e que o Estado, no âmbito dos ativos problemáticos, pode ser chamado até aos 3,9 mil milhões de euros", disse.
O Fundo de Resolução, entidade associada ao Banco de Portugal que entra no perímetro das Administrações Públicas e conta para o défice, detém 25% do Novo Banco. Os restantes 75% pertencem à Lone Star, que comprou essa parte do banco em 2017.milhões" de euros.