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A autoridade do medicamento dos Estados Unidos prepara-se para aprovar os primeiros tratamentos orais para a Covid-19.
A informação é avançada pela estação Bloomberg, que indica que, já esta quarta-feira, a FDA vai dar luz verde à Pfizer e à Merck para lançarem os seus tratamentos inovadores.
Face ao aumento de infeções provocado pela variante do vírus Omicron, o diretor do Scripps Research Translational Institute, Eric Topol refere que os medicamentos Paxlovid (Pfizer) e Molnupiravir (Merck) chegariam num momento em que são “absolutamente necessários”.
“É um sinal de luz num túnel muito longo. Mas esta promessa extraordinária não será cumprida a menos que usemos todos os esforços para fazê-la rapidamente e distribuí-la em grande escala”, sublinhou.
Nos ensaios clínicos, o Paxlovid está a ter um bom desempenho, demonstrando cerca de 90% de eficácia na prevenção de hospitalização e morte em pacientes de alto risco.
Em comunicado, o presidente da Pfizer, Albert Bourla, disse que o produto desenvolvido pelo laboratório norte-americano pode ser "uma ferramenta crítica para ajudar a conter a pandemia".
Já o Molnupiravir, desenvolvido pela Merck, teve um caminho acidentado para chegar ao mercado. No mês passado, o Reino Unido tornou-se o primeiro país no mundo a aprovar a sua utilização em idosos e pessoas mais vulneráveis a doenças graves.
Contudo, o regulador norte-americano solicitou uma análise independente, nomeadamente em relação aos riscos associados à toma por mulheres grávidas. Caso a utilização do Molnupiravir seja aprovada, tal decisão demonstra que as preocupações foram mitigadas.
A administração Biden ordenou a encomenda de 10 milhões de lotes do antiviral da Pfizer mais cerca de três milhões de lotes da Merck, mas não é de esperar que os medicamentos estejam já disponíveis no mercado.