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O Presidente da República portuguesa defende a "construção de uma verdadeira União Europeia da saúde" com maior integração de políticas internas, nova legislação e mais investimento neste setor.
O chefe de Estado assume esta posição numa mensagem em vídeo previamente gravada e hoje transmitida na sessão de abertura de uma conferência sobre saúde global organizada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Ministério da Saúde, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
"Ainda durante a presidência portuguesa da União Europeia teremos a oportunidade de nos centrarmos no papel essencial da União na área da saúde, a pensar nesta pandemia, mas a pensar sobretudo no futuro", declara.
Relativamente à resposta em termos globais à pandemia, Marcelo Rebelo de Sousa considera que, "apesar de esforços coletivos, houve muito egoísmo, houve muito isolacionismo, houve muito individualismo" e que se assistiu ao "acentuar de desigualdades e de diferenças entre pessoas, funções, territórios, povos".
A presidente da Comissão Europeia apelou ao empenho de "todos" no combate à pandemia, destacando o papel da Europa desde o início da crise.
"A União Europeia decidiu fazer alianças globais", destacou Ursula von der Leyen, referindo-se diretamente ao mecanismo COVAX (Acesso Global às Vacinas da Covid-19) e congratulando-se com a recente adesão dos Estados Unidos ao programa dirigido pela Organização Mundial da Saúde.
Von der Leyen frisou ser fundamental a promoção da "diplomacia ligada à saúde" a nível mundial, frisando que, "para se acabar com a pandemia, são precisas milhões de vacinas".
"Sabemos que na Europa estamos juntos, mas a Europa sozinha não resolve nada e, por isso, estamos além das fronteiras europeias", disse a presidente da Comissão Europeia, demonstrando preocupação com ajuda imediata ao continente africano.
"Vamos encontrar soluções para o futuro com mecanismos de ajuda e de solidariedade", acrescentou, pedindo o envolvimento dos ministérios das Finanças dos governos europeus, mas também do setor privado.
A ministra da Saúde portuguesa sublinha que a diplomacia da saúde "não é uma opção" dos Estados, mas sim uma "necessidade compartilhada", pois os desafios da saúde global "transcendem fronteiras".
Na abertura de uma conferência, Marta Temido abordou as lições que pandemia de covid-19 trouxe, nomeadamente que "a saúde não conhece fronteiras".
"Portanto, a diplomacia da saúde não é uma opção dos Estados. Em vez disso, é uma necessidade compartilhada. Os desafios da saúde global transcendem fronteiras e também as clássicas divisões norte-sul, este-oeste, expondo as limitações das abordagens segmentadas", assinalou.
A ministra apontou ainda à necessidade de "estratégias mais inclusivas, abrangentes e coordenadas para enfrentar os novos desafios" e, ao mesmo tempo, a importância da "solidariedade global" no combate às ameaças à saúde pública global.
Daí o facto de "nenhum Estado estar seguro até que todos estejam seguros" e, nesse sentido, "a UE esteve e continuará empenhada" no objetivo da solidariedade além-fronteiras, reforçando "a influência fortalecedora da União na saúde global e também na diplomacia da saúde", apontou.
A vice-secretária-geral das Nações Unidas afirmou que a pandemia do novo coronavírus exacerbou as desigualdades já existentes em todo o mundo e atingiu os mais vulneráveis de forma especialmente dura,
"A crise [provocada pela pandemia do SARS-CoV-2] exacerbou as desigualdades pré-existentes em todo o mundo e atingiu os mais vulneráveis de forma especialmente dura", afirmou Amina Mohammed, durante a Conferência sobre Saúde Global.
Amina participou no evento com uma mensagem de vídeo em nome do secretário-geral da ONU, António Guterres, e agradeceu ao Governo de Portugal por acolher a conferência. "A pandemia já ceifou mais de 2,6 milhões de vidas e causou um impacto socioeconómico de magnitude sem precedentes na história contemporânea."
"[A pandemia] expôs os graves riscos de sistemas de saúde subfinanciados e a falta crónica de investimentos em preparação para uma pandemia", sublinhou a vice-secretária-geral das Nações Unidas.
Segundo a responsável da ONU, este é "um momento de balanço para todo o mundo".
O ministro dos Negócios Estrangeiros português defendeu a importância do reforço dos sistemas de saúde pública e da cooperação global, alertando que "muito tem de ser feito" contra a pandemia.
"Temos de construir recursos focados no bem-estar das pessoas, investir mais nas populações, na coesão social e na importância da saúde pública", disse Augusto Santos Silva.
O governante considera ser preciso conseguir recursos e sustentabilidade em assuntos ligados à Saúde, frisando que o assunto é "um dos maiores tópicos" da presidência portuguesa da União Europeia.
"Muito tem de ser feito e muito está a ser feito", disse Augusto Santos Silva, frisando a importância na promoção de medidas no sentido de se alargar o número de testes de diagnóstico à Covid-19 e na distribuição de vacinas.
"Fizemos um grande esforço para distribuir vacinas. Nunca na história da humanidade as vacinas foram desenvolvidas tão depressa", disse o chefe da diplomacia portuguesa, acrescentando que a Presidência portuguesa da União Europeia tem uma agenda legislativa para as questões da saúde.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou o "papel fundamental" da União Europeia na resposta à pandemia e na distribuição de vacinas através do mecanismo solidário Covax.
"Desde liderar o desenvolvimento da resolução histórica sobre Covid-19, na última Assembleia Mundial da Saúde, a liderar discussões em torno de um novo tratado internacional sobre preparação e resposta à pandemia", afirmou Tedros Ghebreyesus.
Ao mesmo tempo, o diretor-geral da OMS destacou o "apoio da equipa Europa" na distribuição de "mais de 32 milhões de vacinas por 57 países" através da Covax, uma iniciativa coliderada pela Aliança Gavi - uma organização internacional atualmente presidida por Durão Barroso -, pela Coligação para a Inovação na Preparação para Epidemias (CEPI, na sigla em inglês) e pela OMS.
"É um começo, mas está longe de ser suficiente", assinalou, apontando que "a diferença está a crescer entre o número de vacinas administradas em países de rendimento alto e médio alto e o número administrado em países de baixo rendimento".
Nesse sentido, Tedros Ghebreyesus sublinhou a necessidade de "todos os países e empresas trabalharem juntos para produzir e garantir que as vacinas sejam uma fonte de esperança para todos, não esperança para alguns".
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou o "papel fundamental" da União Europeia na resposta à pandemia e na distribuição de vacinas através do mecanismo solidário Covax.
"Desde liderar o desenvolvimento da resolução histórica sobre Covid-19, na última Assembleia Mundial da Saúde, a liderar discussões em torno de um novo tratado internacional sobre preparação e resposta à pandemia", afirmou Tedros Ghebreyesus.
Ao mesmo tempo, o diretor-geral da OMS destacou o "apoio da equipa Europa" na distribuição de "mais de 32 milhões de vacinas por 57 países" através da Covax, uma iniciativa coliderada pela Aliança Gavi - uma organização internacional atualmente presidida por Durão Barroso -, pela Coligação para a Inovação na Preparação para Epidemias (CEPI, na sigla em inglês) e pela OMS.
"É um começo, mas está longe de ser suficiente", assinalou, apontando que "a diferença está a crescer entre o número de vacinas administradas em países de rendimento alto e médio alto e o número administrado em países de baixo rendimento".
Nesse sentido, Tedros Ghebreyesus sublinhou a necessidade de "todos os países e empresas trabalharem juntos para produzir e garantir que as vacinas sejam uma fonte de esperança para todos, não esperança para alguns".
O presidente da Aliança Global para as Vacinas (Gavi) pediu à União Europeia que acelere o acesso às vacinas nos países em desenvolvimento, aumentando contribuições multilaterais e doando doses em excesso através da plataforma Covax.
"Temos capacidade para distribuir 1,8 mil milhões de vacinas aos países de baixo rendimento para proteger as populações de alto risco, mas para atingir este objetivo precisamos de 2 mil milhões de dólares de fundos adicionais", disse Durão Barroso.
"Contribuições adicionais para a Gavi e a Covax são essenciais para a União Europeia (UE) mostrar a sua liderança na saúde global, reforçar o seu apoio a África e impulsionar a solidariedade internacional para controlar a pandemia", acrescentou.
"A rapidez no acesso é fundamental e a União Europeia pode ajudar a acelerar o processo, assegurando que as doses de vacinas em excesso são doadas através da Covax", defendeu.
O ex-presidente a Comissão Europeia e antigo primeiro-ministro português reconheceu, por outro lado, o importante contributo da União Europeia - um dos maiores doadores da plataforma Covax -, para a distribuição de vacinas aos países em desenvolvimento, considerando que "a nível mundial é o único verdadeiro esforço multilateral" no contexto da pandemia.