O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do 3.º Encontro Nacional de Leigos (ENL), que decorre este sábado em Évora, congratulando-se com a “feliz iniciativa” promovida pela Conferência Nacional de Associações de Apostolado dos Leigos.
“Este encontro constitui um contributo importante em ordem a uma maior sensibilização de quantos, comungando o espírito da ‘Laudato Sí’, pretendem defender cuidar da nossa casa comum, a terra”, diz o Papa, na mensagem transmitida pelo núncio apostólico em Lisboa, D. Rino Passigato.
No texto lido pelo representante diplomático do Papa em Portugal, Francisco disse que o 3.º Encontro Nacional de Leigos tem uma “agenda estimulante”, com as suas comunicações que se inspiram no Jubileu da Misericórdia e na encíclica do ‘Laudato Sí’
“Não há espaço para a indiferença”, lembrou o Papa na sua mensagem dirigida a um encontro que tem por tema “Nada nos é indiferente entre o Céu e Terra”, com cerca de 700 participantes das diferentes movimentos e associações da Igreja Católica.
Alexandra Viana Lopes, presidente da Conferência Nacional do Apostolado dos Leigos (CNAL), disse na sessão de abertura do 3.º ENL que os temas em debate pretendem dar respostas “aos grandes desafios contemporâneos”, de “cuidar da natureza, da cultura, da sociedade”.
“Desafios de proteção da pessoa humana toda e todas as pessoas, carecidos de atenção, de preservação, de promoção, contra toda alógica de destruição e eliminação”, acrescentou a presidente da CNAL.
Para Alexandra Viana Lopes, os participantes no 3.º ENL vai permitir “forças de luz” para “vencer todo o mal, toda a miséria e a dor”.
O programa do encontro prevê 32 comunicações, com intervenções que abrangem a ecologia humana, familiar, ambiental, económico-social e cultural.
As vertentes espiritual e caritativa também vão estar presentes, através de propostas de contemplação, de peregrinação e caminho, da reconciliação e perdão e o acolhimento nas periferias.
Os trabalhos começam com intervenções da iraquiana Pascale Warda, ativista pelos direitos humanos no seu país; o espanhol Luis Ventura Fernández, antropólogo e leigo missionário na Amazónia; e o norte-americano Joseph Campo, que através do cinema tem denunciado a realidade da pobreza em Nova Iorque.