Um grupo de 30 a 50 jovens juntou-se numa igreja em Viena, a capital austríaca, numa tentativa de provocar estragos no interior do edifício. O incidente ocorreu na Igreja de St. Anton, na quinta-feira à noite, mas foi divulgado mais tarde.
A polícia foi chamada ao local e, assim que chegou, o grupo começou a dispersar, relatam as autoridades.
O jornal "Kurier" avança que investigadores suspeitam que os intrusos eram jovens de nacionalidade turca, que organizaram o ataque através das redes sociais.
Vários membros do Governo da Áustria reagiram com repúdio ao acontecimento, que ocorre numa altura em que a vizinha França tem enfrentado vários ataques extremistas, um deles numa igreja.
Segundo as autoridades, a polícia foi chamada à Igreja de St. Anton pelo pároco, no momento em que o grupo de jovens começou a dar pontapés na mobília.
Não há registo de danos ou feridos, revela um comunicado da polícia lançado no sábado. As autoridades continuam a investigar o sucedido.
O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, partilhou a notícia do jornal na rede social Twitter, acrescentando que “todos os cristãos devem ter o direito de exercer as suas crenças na Áustria de forma livre e segura”.
“Vamos continuar a luta contra o islamismo político com determinação e sem falsas tolerâncias”, lê-se na publicação.
O ataque surge numa altura de grandes tensões em França, com o Presidente Emmanuel Macron a garantir o direito à liberdade de expressão, uma posição assimida numa homenagem ao professor decapitado em outubro, Samuel Paty e já criticada pelo Presidente turco, Erdoğan.
As declarações do chefe de Estado francês suscitaram contestação em vários países muçulmanos, incluindo manifestações e boicotes aos produtos franceses.