O Presidente da Comissão Episcopal das Comunicações Sociais defendeu esta quinta-feira a importância da presença pessoal, numa altura em que o digital veio para ficar, sobretudo devido à pandemia.
Na abertura das Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais, D. João Lavrador disse que “é preciso refletir sobre os limites do digital e da necessidade imprescindível do presencial”.
“A comunidade tão importante para a socialização das pessoas e da qual a Igreja não pode prescindir exige a participação presencial consciente e ativa” defendeu o bispo, salientando a necessidade de se refletir “como gerar esta complementaridade e como usufruir dos meios digitais sem colocar em risco o presencial.”
Trata-se de um caminho que “iremos fazendo em benefício de um verdadeiro humanismo na edificação de uma sociedade verdadeiramente humana”, acrescentou o bispo, que ainda esta semana foi nomeado para a diocese de Viana do Castelo, deixando a diocese de Angra.
Lamentando que se tenha gerado “muito medo e afastamento social e criaram-se fortes ruturas comunitárias”, o bispo frisou a importância da comunicação social no “estabelecimento de comunidades verdadeiramente responsáveis”, no “afastamento do medo e no restabelecimento dos laços sociais”.
A reflexão vai dominar as jornadas que decorrem esta quinta e sexta-feira, na Domus Carmelli, em Fátima e também online.
Umas jornadas mais viradas para dentro, disse na mesma sessão, a diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja. Isabel Figueiredo revelou que “quisemos ter fortemente marcada a presença dos secretariados diocesanos” pois o “Secretariado Nacional vive, em primeiro lugar, em função dos secretariados diocesanos, a quem quisemos dar voz”.
Neste sentido, para esta tarde de quinta-feira, foram convidados os secretariados diocesanos das comunicações sociais e o secretário da Comissão Episcopal das Comunicações Sociais da Conferência Episcopal de Espanha, o padre José Gabriel Vera.
Para sexta-feira está previsto um painel com convidados que vão falar sobre projetos reais, sendo a conferência final proferida por Nelson Ribeiro, diretor da Faculdade de Ciências Humanas da UCP.