Danny acredita que Fernando Santos deverá continuar na seleção nacional depois do Mundial do Qatar porque vai vencê-lo.
À porta do jogo 100 do selecionador, Bola Branca pergunta ao antigo avançado internacional português se Fernando Santos deve continuar ao comando da equipa das quinas. A resposta é taxativa.
"De certeza que sim. Vai ser campeão do mundo, por isso vai ter de continuar", declara Danny, de 38 anos, que somou 38 internacionalizações por Portugal e quatro golos.
Danny lembra-se da entrada de Fernando Santos na seleção. Afinal, foi titular na estreia do selecionador, a 11 de outubro de 2014, frente à França. Um particular que Portugal perdeu por 2-1. Quase oito anos depois, o balanço dos primeiros 99 jogos do selecionador é "bastante positivo".
"Ganhou um Europeu e uma Liga das Nações. É um treinador que desde o primeiro dia falou que queria ganhar e conseguiu. Meteu na cabeça de todos os jogadores isso, foi um pensamento positivo. Tem jogadores com bastante qualidade e acredito que vai continuar a ter sucesso", afirma.
Discurso vencedor desde o primeiro estágio
Danny recorda que, logo no primeiro dia do primeiro estágio, Fernando Santos garantiu aos jogadores que Portugal venceria o Europeu. Dito e feito: a seleção sagrou-se campeã europeia em 2016, em França.
"A primeira conversa que ele teve no estágio foi: 'Nós vamos ganhar, nós vamos vencer'. E foi isso que nos passou pela cabeça sempre. Em todos os estágios que íamos ele dizia sempre a mesma coisa. Ainda íamos jogar a qualificação para o Europeu e ele dizia que íamos ganhar o Europeu. Todos entraram nesse pensamento", conta o luso-venezuelano.
A seleção passa, segundo Danny, por uma fase de transição, com um misto de jogadores de mais de 35 anos, como Pepe, João Moutinho e Cristiano Ronaldo, e vários com menos de 25, como Diogo Costa, Nuno Mendes ou Rafael Leão. A maior parte dos jogadores estão entre os 25 e os 30 anos. Com tantos "jogadores bastante jovens com bastante qualidade", Danny acredita que Portugal está bem servido.
"Temos uma das melhores seleções do mundo, porque temos jogadores em todas as melhores equipas e todos jogam a titular. O 'mister' está a tentar formar uma equipa mais coesa", explica o antigo avançado.
República Checa não apanhou Danny de surpresa
O jogo 100 de Fernando Santos à frente da seleção nacional será diante da República Checa, esta quinta-feira, a partir das 19h45, em Alvalade.
Os checos estão no segundo lugar do Grupo 2 da Liga das Nações, com os mesmos quatro pontos de Portugal, ao fim de duas jornadas. A Espanha está em terceiro, com dois pontos, e a Suíça em último, a zero. A boa campanha da República Checa não surpreende Danny.
"Nos últimos anos a seleção da República Checa melhorou bastante, com jogadores de bastante qualidade jogando em grandes campeonatos. Inglaterra, principalmente. São uma equipa muito coesa, defendem muito bem e sabem jogar. Conseguem sair para o ataque e ter a posse de bola. Vai ser um jogo bastante complicado", prevê o antigo jogador.
Importante, mas não decisivo manter Espanha longe
Quem ganhar passará a somar sete pontos. Danny destaca a importância de manter a Espanha a, pelo menos, dois pontos. Contudo, descarta a ideia de que a receção à República Checa possa ser decisiva:
"Quem ganhar vai-se destacar. É um confronto direto, as duas equipas estão com quatro pontos. Ficaria com sete, longe também da Espanha, mas acredito que ainda não signficica nada. Faltam muitos jogos. ainda temos de jogar com a Espanha em casa e de ir à Suíça e à República Checa. Mas é sempre importante ganhar todos os jogos em casa."
Portugal recebe a República Checa, no jogo 100 de Fernando Santos, a partir das 19h45, no Estádio de Alvalade. Encontro com relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.