Dois oligarcas russos, Mikhail Fridman e Oleg Deripaska, pediram o fim do conflito desencadeado pelo ataque do presidente Vladimir Putin à Ucrânia, com Fridman chamando-o de uma tragédia para os dois países.
O multimilionário Fridman, que nasceu no oeste da Ucrânia, disse aos funcionários, numa carta, que o conflito estava a criar uma barreira entre os dois povos eslavos da Rússia e da Ucrânia, que são irmãos há séculos.
"Nasci no oeste da Ucrânia e vivi lá até os 17 anos. Os meus pais são cidadãos ucranianos e moram em Lviv, a minha cidade favorita", escreveu Fridman na carta à qual a Reuters teve acesso.
"Mas também passei grande parte da minha vida como cidadão da Rússia, construindo e desenvolvendo negócios. Estou profundamente ligado aos povos ucraniano e russo e vejo o conflito atual como uma tragédia para ambos".
O bilionário russo Oleg Deripaska usou uma publicação no Telegram para pedir que as negociações de paz comecem "o mais rápido possível".
"A paz é muito importante", disse Deripaska, que é o fundador da gigante russa de alumínio Rusal. A 21 de fevereiro, Deripaska dizia que não haveria guerra.
Washington impôs sanções a Deripaska e outros oligarcas russos por causa das ligações ao regime de Putin, após suposta interferência russa nas eleições americanas de 2016, o que o Kremlin nega.
Os chamados oligarcas da Rússia, que já exerceram influência significativa sobre o presidente Boris Yeltsin na década de 1990, estão a enfrentar um caos económico depois do Ocidente ter imposto severas sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia.